Secretária – geral do MDM estranha silencio do TA em relação ao uso indevido dos fundos da Covid-19

DESTAQUE POLÍTICA

Para fazer face à pandemia da Covid-19, o Governo pediu aos parceiros um apoio de 700 milhões de dólares. Os doadores atenderam prontamente ao pedido de Moçambique e disponibilizaram os fundos. Entretanto, o Tribunal Administrativo (TA) avançou que encontrou irregularidades nas contas da utilização dos fundos que o país recebeu da comunidade internacional, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) pede um relatório de auditoria sobre os gastos. Para a secretária – geral do MDM, Leonor de Sousa, estranha o silencio ensurdecedor do TA em relação ao uso indevido dos fundos alocados pelos doadores.

Nos 700 milhões de dólares disponibilizados pelos parceiros de cooperação para fazer face à pandemia da Covid-19, o Governo, através do Ministério da Economia e Finanças, detalhou que 100 milhões de dólares foram usados para adquirir material de protecção e tratamento, incluindo ventiladores e equipamento médico, 200 milhões para compensar a perda de receitas devido a revisão em baixa do PIB de 4% para 2.2% diferimento do pagamento do IRPC, 240 milhões para aumentar o número das famílias beneficiárias de 592,179 para 1,696,004 e restantes 160 milhões foram alocados para a linha crédito para financiar micronegócios.

Discursando na abertura do seminário que capacitou os quadros do partido em matéria de finanças, Leonor de Sousa, mostrou-se preocupada com a postura do Tribunal Administrativo em relação as irregularidades detectadas na utilização dos fundos que o Governo recebeu dos parceiros.

“É vergonhoso o silêncio do Tribunal Administrativo sobre o dinheiro da Covid-19; a falência técnica de empresas participadas pelo Estado já se torna canção”, disse a secretária – geral do MDM para depois acrescentar que o país está enfermo, uma vez que está a ser governado por uma gang   que, que para alem de estabelecer uma ligação de fidelidade para roubar ao povo, controla o poder político e político judicial.

“É penoso quando até o poder Judicial está sujeito ao poder político. Para quando a sentença do caso das dívidas ocultas? Até quando a insegurança de pessoas e bens? Nas cidades não se pode viver em paz porque os raptos viraram moda e até a polícia participa em actos de roubos usando viaturas da corporação”, atirou

Recentemente, a OJM, braço juvenil da Frelimo, pediu um terceiro mandato para Filipe Nyusi no seio do partido o que, de certa forma, é mais um ensaio para o almejado terceiro mandato presidencial. Visando bloquear o plano da ala Nyusi, a secretária – geral do Movimento de Moçambique instou aos jovens para lutarem pelo cumprimento do Direito Constitucional no país,

“Moçambicanos acordem, é por causa do vosso dinheiro que já se luta pelo terceiro mandato. Jovens, parem de ser instrumentalizados, lutem pelos vossos direitos e não pela consagração de uma ditadura” rematou.

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