PRM desmantela fábrica de metanfetamina em quantidades industriais na Ka-Tembe

DESTAQUE SOCIEDADE

  • Proprietários da fábrica de drogas e os trabalhadores fugiram antes de a polícia chegar

A Polícia da República de Moçambique (PRM), em coordenação com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), desmantelou, na tarde desta quarta-feira, uma imponente fábrica de drogas, localizada no bairro Nguide, no distrito municipal Ka-Tembe, próximo à arena 3D da STV.

A mesma dedicava-se a produção, diga-se, em quantidades industriais, de metanfetamina, uma droga pesada que se presume que era para abastecer o mercado nacional e internacional. No local foram encontrados diversos materiais, entre reagentes químicos, tubos de ensaios, geradores, máscaras e outros equipamentos de laboratório usados para a produção de drogas.

Em conexão com o caso, foram detidos quatro cidadãos, sendo três nacionais e um estrangeiro de nacionalidade nigeriana, que eram simples transportadores de reagentes que foram surpreendidos quando estavam prestes a ir descarregar no local dois contentores de reagentes.

Ao que apuramos, devido a uma fuga de informação, os proprietários da fábrica de drogas e os trabalhadores fugiram antes de a polícia chegar. Dentro do edifício principal, que por fora parece ser uma residência normal, eram visíveis os vestígios da presença recente de pessoas que devem ter deixado o local às pressas, abandonando tambores com reagentes a fermentar, equipamento de laboratório e sacos do que parece ser droga em forma de comprimidos. 

“Neste desmantelamento foram detidos quatro indivíduos que são os transportadores de reagentes e também apreendemos determinada droga que presumimos que seja mentafetamina. Desta apreensão pode também se ver vários reagentes e equipamentos de pesagem, para além de uma rota de fuga a partir de túneis e nós presumimos que tudo isto foi propositadamente criado para que ao serem surpreendidos os indivíduos pudessem escapar”, disse Leonel Muchina, porta-voz da PRM, sem, no entanto, avançar mais detalhes alegando que é para não comprometer o curso das investigações.

 

Para disfarçar a actividades ilícitas, os proprietários da fábrica, que se supõe que sejam de nacionalidade nigeriana, construíram enormes pavilhões e espalharam excrementos de frangos para simularem tratar-se de um pavilhão. 

O local onde estava instalada a fábrica chamava atenção dos vizinhos pelo imponente muro de vedação de quase três metros. No interior da casa principal há um túnel que faz a ligação entre dois edifícios e a polícia acredita que era a rota de fuga dos criminosos em caso de algum problema.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *