Anticorrupção confirma rombo em Chiúta durante administração de Jemusse

DESTAQUE POLÍTICA

Um dia depois do Evidências publicar a notícia de que o actual Primeiro-Secretário da Frelimo em Tete, Gonçalves Jemusse, está envolvido num esquema de corrupção, o Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Tete (GPCCT) que se mantinha mudo, veio a público dar a conhecer o estágio do processo, no entanto, ocultou o nome dos autores. 

No comunicado do GPCCT, lê-se que a instrução do Processo-crime nº. 1/05/P/GPCCT/2021 terminou no passado dia 16 de Junho. E sem revelar os nomes, a ante corrupção em Tete sublinha que os arguidos são acusados pela prática dos crimes de peculato, falsificação de documentos, abuso de cargo ou função, pagamento de remunerações indevidas e participação económica em negócios.

No documento do CPCCT, os envolvidos no esquema de corrupção lesaram o Estado num valor global de 997.847,79 meticais entre os anos de 2019 e 2021, período que coincide com o Gonçalves Jemusse, eleito secretário da Frelimo em Tete, no passado Dezembro de 2021.

Apesar de não revelar os nomes, frisa que os envolvidos no esquema são o Administrador do distrito, o respectivo Secretário Permanente, um Gestor do Orçamento e três técnicos que têm acesso ao Sistema de Cadastro Electrónico de Funcionários Públicos (e-CAF).

Porém, o distrito de Chiúta está sem Administrador desde que Gonçalves Jemusse foi eleito Primeiro-Secretário da Frelimo em Tete, em substituição de Fernando de Sousa, que fora nomeado Vice-Ministro de Terra e Ambiente. Isto é, o comunicado indica um arguido inexistente, neste momento, na estrutura administrativa do distrito de Chiúta.

Na acusação do Ministério Público, que o Evidências teve acesso, Jemusse é acusado pela prática de dois crimes de peculato, dois crimes de abuso de cargo ou função, crime de falsificação de documentos e pelo crime de pagamento de remuneração indevida.

Pelos danos, o Ministério Público pede uma indemnização de 344.019 meticais e uma caução económica, a ser paga em 60 dias, de 400 mil meticais.

Para defraudar o Estado, Jemusse terá liderado um esquema de desvio de fundos, com recurso a falsas requisições de ajudas de custo, sobrefacturação de contratos de fornecimento de bens e serviços e contratação fraudulenta de funcionários públicos, neste caso, a sua própria esposa.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *