SERNIC, PRM E SENAMI lideram as estatísticas de corrupção no reinado de Nyusi

DESTAQUE SOCIEDADE

Desde que chegou a Ponta Vermelha, Filipe Nyusi apontou a luta contra a corrupção como o seu cavalo de batalha. Nos seus discursos, o Presidente da República tem reiterado que se deve combater a corrupção com mais vigor, desafiando aos gestores para não temerem as auditorias. Entretanto, a guerra do “Empregado do Povo contra o fenómeno que ano pós anos defrauda os cofres de Estado parece “sol de pouca dura”, uma vez na que a PRM, SENAMI e SERNIC continuam a liderar as estatísticas de corrupção no país.

De acordo com o relatório do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) em colaboração com a Procuradoria – Geral da República, nos últimos seis meses foram tramitados cerca de 1373 processos. Os magistrados, agentes da PRM, membros do Serviço Nacional de Investigação Criminal e funcionários do Serviço Nacional de Migração são os que mais se destacaram em actos de corrupção.

O porta – voz do GCCC, Romualdo Joane, adiantou que, entre 31 de Maio e 28 de Junho, um juiz do Tribunal da Província de Maputo e outro juiz do Tribunal da Província de Gaza foram detidos, indiciados no crime de peculato e uso indevido de fundos colocados à sua disposição, sendo que na Província de Niassa um juiz é indiciado do crime de corrupção contra magistrados e agentes de investigação criminal e falsificação de documentos.

No que ao Serviço Nacional de Migração diz respeito, o relatório referiu que quatros funcionários foram flagrados a fazer cobranças indevidas de valores para a emissão de passaportes, renovação de documentos de identificação e residência no exterior.

Por sua vez, a Polícia da República de Moçambique continua a liderar as estatísticas quando se fala de corrupção. Nos últimos seis meses, em comparação com igual período de 2021, de acordo com a GCCC, houve tendência de aumento de casos de corrupção envolvendo os agentes da lei e ordem, uma vez “foram deduzidos processos contra 59 membros da PRM, na sua maioria, acusados de prática de corrupção passiva para acto ilícito e abuso de cargo ou função, de solicitarem ou receberem valores de automobilistas, na via pública, para não emissão de multas e/ou outras penalizações aos automobilistas”.

Ainda na apresentação do relatório do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) em colaboração com a Procuradoria – Geral da República, Romualdo Joane declarou que a existência dos ilícitos criminais na produção dos manuais da 6ª classe e a má gestão dos fundos da Covid-19 continuam sob investigação, tendo garantido que os resultados serão tornados públicos oportunamente.

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