Falando à margem da Conferência Científica de Defesa e Segurança, o Brigadeiro Abel David, defendeu que a identificação dos terroristas que semeiam luto e terror na província de Cabo Delgado só será possível se houver uma boa relação entre a população e as Forças de Defesa e Segurança. Por outro lado, David, que também desempenha a função de Director de Educação Cívica no Estado-maior general, avançou que urge a necessidade do reforço da formação académica nos quadros do Ministério da Defesa.
Desde Outubro de 2017 que a província de Cabo Delgado tem sido fustigada pelos ataques dos insurgentes. Com a chegada das forças ruandesas e da SAMIM, Moçambique conseguiu galgar terreno na luta contra o terrorismo. Contudo, o conflito parece longe do fim, uma vez que ainda existem infiltrados nas comunidades que passam informações para o inimigo.
O Director de Educação Cívica no Estado-maior general, Brigadeiro Abel David, avançou que as Forças de Defesa e Segurança estão a levar a cabo um trabalho de base para identificar infiltrados no seio das comunidades, tendo adiantado que esse trabalho só terá resultados se houver confiança da população.
“A relação entre as partes sempre se revelou boa, porque não podia ser de outra maneira, pois seria impossível combater o terrorismo. O grande desafio é difundir a informação por forma a impedir que os terroristas ganham o coração das populações, através de mentiras e aliciamentos. O grande trabalho é fazer as populações acreditarem que as informações que difundem são falsas e pretendem apenas atrasar e destruir as suas vidas”.
Para Abel David, urge a necessidade do reforço da formação académica para melhor a relação com as comunidades tendo no horizonte a actualização das Forças Armadas face aos desafios que o país enfrenta actualmente. “Nós precisamos de formar, treinar, organizar e preparar o homem para podermos triunfar”, declarou.
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