O Rotary Club de Maputo, o mais antigo de Moçambique, completou, na passada quinta-feira (22), 32 anos da sua existência e para marcar a data, os membros organizaram um jantar de gala, onde para além de homenagear os fundadores foram passadas em revistas as várias acções de caris humanitário e filantrópicos que a instituição tem estado a levar a cabo um pouco por todo o país.
Na gala que teve lugar numa das salas de eventos da SMS Catering e que juntou para além dos rotários do Club de Maputo, outros provenientes de outras partes do país, serviu como um momento para confraternização dos membros, mas também para reconhecimento daqueles que deram sua contribuição desde a primeira hora, como é o caso de Pedro Loforte, considerado fundador da organização em Moçambique.
Durante os 32 anos de sua existência em Moçambique, o Rotary Club de Maputo tem sido parceiro estratégico do governo, sobretudo nos sectores da saúde, educação e assistência às comunidades, com destaque para o apoio nas campanhas de vacinação contra a pólio, reconstrução pós calamidades, construção de salas de aulas e seu apetrechamento com carteiras, alfabetização, entre outras acções.
“O lema de Rotary é dar de si, antes de pensar em si. Portanto, o serviço à comunidade é aquilo que deve caracterizar o nosso estilo de vida, mas a paz e compreensão mundial são aspectos que devem caracterizar o rotário. Nestes 32 anos, nós construímos cerca de 105 casas para as pessoas que foram atingidas pelas cheias de 2000, demos apoio a pessoas infectadas pelo HIV e mais recentemente às vítimas do Ciclone Idai. Nós oferecemos sete salas de aulas à escola do bairro Mali, onde também fizemos um bloco administrativo e semeamos plantas para sombra e árvores de fruta. Na escola de Muchisso construímos três salas de aulas e também estamos a trabalhar na escola de Hulene na reabilitação das casas de banho”, destacou a porta-voz do Rotary Clube de Maputo, Maria Angélica Salomão.
Para a prossecução das suas actividades, os rotários contribuem periodicamente e também dedicam-se a actividades de angariação de fundos para melhorar as condições daqueles que são mais vulneráveis e mais carentes.
“Os rotários não trabalham nas horas normais do trabalho, utilizamos o nosso tempo livre para fazer o trabalho de assistir as comunidades, identificamos na sociedade aquilo que são os problemas que elas relatam. Alguns são apresentados e outros somos nós que diagnosticamos. É nesse sentido que trabalhamos”, revelou Maria Angelina.
Por seu turno, Pedro Laforte, membro fundador do Rotary Club de Maputo conta que a organização é reconhecida pelas autoridades governamentais por estar presente em todos os momentos da vida do país.
“O Rotary Club surge oficialmente a 32 anos. No início não tinha nenhum membro, comecei sozinho angariando as pessoas moçambicanas e não só, outros vieram de fora de outros países que havia Rotary. Rotary é ajudar os outros. Esse clube nunca pediu dinheiro ao governo, para estarmos onde estamos hoje é porque todos tiveram mérito, mas o que interessa é que 32 anos é uma vida e temos jovens que estão dispostos a levar a avante este projecto”, destacou.
Refira-se que o Rotary Clube de Maputo é membro do Rotary Internacional, a maior Organização Não Governamental humanitária do mundo, com assento nas Nações Unidas, cuja maior vocação é ajudar e apoiar pessoas vulneráveis ou carentes, bem como contribuir para a paz e compreensão mundial. Em Moçambique, para além do Clube de Maputo, existe o Rotary Club da Matola e da Polana, na região Sul; o Rotary Club da Beira, de Dondo, do Planalto de Chimoio e de Tete, na zona Centro do país, enquanto no norte já está estabelecido o Rotary Clube de Nampula.
O Rotary é uma comunidade que junta líderes empresariais e comunitários que contribuem para a realização das actividades.
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