A corrupção continua a ser o calcanhar de Aquiles na exploração dos recursos florestais em Moçambique. Recentemente, um agente de segurança privada que responde pelo nome de Alficha José, conseguiu travar um esquema de contrabando de madeira, mas, debalde, foi detido por três dias, em Caia, província de Sofala, em virtude de ter legitimamente impedido a retirada indiscriminada e ilegal de madeira no estaleiro da Kaman Lau Ming Lda, por sinal uma Empresa de capitais moçambicanos.
Segundo conta Alficha José, a HT Serviços, pretendia retirar espécies não quantificadas e qualificadas de madeira sem nenhum fundamento oficial e a presença de uma autoridade pública o que levou aos disparos por parte do mesmo na perspectiva de proteger o bem causa.
“Estive preso por três dias, porque impedi a retirada da madeira no estaleiro” explicou a nossa fonte
A disputa opondo a Kaman Lau Ming Lda e a HT Serviços, ambas empresas madeireiras, não é de hoje, explicou uma fonte que preferiu anonimato. É que no entendimento da mesma, não é pela primeira que a HT Serviços sob procteção de alguns órgãos do Estado beneficia-se de bens supostamente ganhos em hasta pública, o que levanta alguma suspeição da parte da empresa lesada.
O agente de segurança privada é acusado de desobediência. Mas, na altura em que os factos se sucederam não havia nenhuma autoridade pública nem sequer um documento oficial o que deixa claro que o favoritismo faz confundir a Procuradoria sobre essa matéria.
“Alficha José é um indivíduo honesto e trabalhador”, continuou a mesma fonte tendo referido que não fosse a intervenção do advogado Joaquim Pereira até hoje o cidadão em alusão estaria detido. Mas, porque não é desta vez que o capim sofre como se diz na gíria popular, a intervenção do advogado Pereira, um professional de carreira cotado e com créditos firmados na matéria do direito professional conseguiu e bem colocar em liberdade o cidadão em causa.
” O Dr Pereira abandonou as mordomias da capital para se inteirar desse assunto ” congratulou a fonte sublinhando que o processo número 212/TJDC/2022 corre seus trâmites aguardando o desfecho previsto para a primeira semana de Novembro.
Salientou ainda a fonte que diante dos factos, a HT serviços move o céu e a terra para conseguir a documentação oficial depois de efectuado o carregamento em seis camiões cavalos, aliás é nessa senda que a fonte questiona o porquê de se ter efectuado o carregamento sem se quantificar o valor das espécies em alusão.
De acordo com a lei os bens comprados em hasta pública devem ser retirados no prazo de 15 dias, o que não é que aconteceu para o caso do diferendo que envolve as duas empresas.
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