África precisa acelerar a digitalização para ter participação assinalável na quarta revolução industrial – defende Magala

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A capital moçambicana, Maputo, é, desde quarta-feira, 07 de Dezembro, palco da Conferência Lusófona das Ciências da Comunicação. Na abertura de evento que terá a duração de dois dias e com painelitas de Moçambique, Portugal, Angola, Guine-Equatorial, Guiné-Bissau e Brasil, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, defendeu que o continente africano precisa acelerar a digitalização para participar de forma efectiva e assinalável na quarta revolução industrial. Na qualidade de organizadora do evento, Linda Fernando, directora-geral da Criatus, referiu que o seminário é uma oportunidade para Moçambique colher experiências dos países que estão mais avançados em matérias de digitalização.

Para Mateus Magala, o lema escolhido, “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, faz parte de uma ponte perfeita entre o conhecimento e a sociedade, uma vez que a ciência e tecnologia só poderão cumprir o seu papel quando postos ao serviço da sociedade para produzir soluções práticas aos problemas reais.

O ministro dos Transportes e Comunicações lembrou que a Conferência Lusófona das Ciências de Comunicações enquadra-se nas festividades do 45º aniversário da União Africana das Telecomunicações, tendo definido que o continente não pode perder o “comboio” da quarta revolução industrial

“Estão a acontecer rápidas e profundas transformações a nível mundial, resultado da digitalização, com vista a transformação das economias modernas em economias digitais rumo à participação efectiva na quarta revolução industrial. O continente africano precisa de acelerar o processo de digitalização, com vista a ter uma participação assinalável na quarta revolução industrial, caracterizada pela fusão e simbiose dos sistemas físicos, biológicos e digitais”, declarou

Magala espera, por outro lado, que o evento que junta vários profissionais de comunicação social sirva para uma reflexão aberta, concentrada  na flexibilização de propostas com soluções práticas, com vista a traçar estratégias para o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação no continente africano, em especial nos países lusófonos.

Por sua vez, Linda Fernando, directora-geral da Criatus, apontou que a Conferência Lusófona das Ciências da Comunicação é uma soberana oportunidade para Moçambique colher experiências de países que estão na dianteira em matérias de digitalização.

“Queremos buscar sinergias para criar soluções para que não cometamos erros que os outros já tiveram a oportunidade de cometer. Trata-se de apressar o processo para que a gente possa se aproximar mais rápido possível naquilo que é a dinâmica do mundo hoje em dia. Percebemos que a comunicação tem estado a influenciar de várias formas naquilo que é processo de desenvolvimento e as dinâmicas sociais no nosso país e nos países de língua portuguesa em particular”, podemos falar da necessidade de influenciar as pessoas a usarem as redes sociais com uma vantagem ao invés de desinformar.

“Hoje em dia, felizmente ou infelizmente, as pessoas têm nas redes sociais uma ferramenta para tomar as decisões. Como profissionais de comunicação, podemos influenciar que estes instrumentos não sejam para dividir ou desinformar, mas que sejam para apoiar decisões informadas em relação às suas vidas e aos seus negócios. Queremos discutir e descobrir formas estratégicas e inovadoras de usar esses instrumentos como um factor de vantagem.

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