Nova Democracia garante estar a preparar uma “Vitória Popular”

POLÍTICA
  • Com tudo aposto para o seu 1º Congresso
  • “ND é o repositório e depositário das esperanças do povo” – Salomão Muchanga

Quando faltam escassos dias para o 1º Congresso do seu partido, o presidente da Nova Democracia (ND), Salomão Muchanga, em entrevista ao Evidências, assegura que os preparativos para a maior convenção do seu partido, que terá lugar de 15 a 17 do mês em curso, na província de Nampula, “são até o momento firmes com entusiasmo galvanizador” e assegura que a ND está a envidar esforços para que este sentimento encontre resposta política no seio do povo moçambicano.

Evidências

Inaugurando uma nova forma de estar na política nacional, a Nova Democracia, que completa quatro anos de existência em Julho de 2023, parece estar decidida a não esperar momentos eleitorais para aparecer, como, de resto, acontece com quase totalidade dos partidos sem assento no parlamento. Depois de ter se mantido presente em termos políticos em todos os momentos da vida do país com posições firmes e mantendo encontros regulares com as bases, a Nova Democracia vai agora ao seu 1º Congresso.

Procurando consolidar a sua dimensão nacional, o quarto partido mais votado nas últimas eleições legislativas escolheu a Cidade de Nampula como seu quartel general durante os próximos dias e quando questionado da razão da escolha da província de Nampula, o presidente da ND não teve palavras a medir: “é em Nampula porque é Moçambique, podia ser qualquer outra província. Todas as províncias são especiais para nós, poderíamos ter escolhido qualquer uma delas, mas estamos felizes por ter escolhido Nampula”.

De acordo com Muchanga, este congresso vai aprovar o que chamou de “linhas mestres de governação” que vão alimentar o programa político e os manifestos eleitorais do partido.

“Será a bússola que norteará todo trabalho político e social da Nova Democracia”, disse Muchanga, destacando que será também a partir destas linhas de governação que a ND que os candidatos nas eleições autárquicas do próximo ano e nas eleições gerais de 2024 terão a orientação dos seus manifestos eleitorais.

Muchanga referiu igualmente que este Congresso tem agendada a eleição dos órgãos centrais do partido, neste caso, da presidência do Comité Executivo Nacional, da Comissão Política e o secretariado-geral.

“Impõe-se na agenda corporativa deste congresso o reforço dos mecanismos de coesão, de identidade e estratégia nacional da Nova Democracia”, sustentou Muchanga, frisando que as decisões que vão emanar do Congresso vão “fazer compreender a sociedade as propostas de governação da ND nos domínios político, económico, social, tecnológico e outros”.

“Estamos a afirmar um novo modelo comportamental da política”

Pessoalmente, o presidente da ND diz ter “obrigações fundacionais de levar uma mensagem-chave de que este congresso é para estruturar, organizar e melhorar a vitória popular”.

“Pretendemos dizer ao país, através do congresso, que estamos a afirmar um novo modelo comportamental da política, estamos também a assimilar, a defender e a suportar as inquietações de gerações que vê seus sonhos hipotecados”, aclarou, antes de frisar que “a ND é o repositório e depositário das esperanças do povo”.

Numa altura em que há sinais de avanços e recuos nos propalados projectos de coligação, Salomão Muchanga considera ser preciso definir com cautela as alianças que o partido tem que construir.

“Temos que interromper este ciclo vicioso de pobreza, esta fábrica da miséria que o regime no poder construiu e dar esperança ao povo moçambicano de que a mudança é possível. O que constatamos é que a medida que saímos do discurso político e nos aproximamos das zonas de implementação, as prioridades deste governo ficam diluídas, quer por falta de agenda e liderança, mais grave ainda, é por este regime ser insensível para com um povo”, sublinhou.

Por fim, disse que o país deve, neste momento, vencer a corrupção, a exclusão, o terrorismo, e acima de tudo combater a apatia e o silêncio do governo perante a falência do Estado moçambicano.

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