Indústria de raptos: CCM defende que “é tempo de dizer basta”

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Horas depois de se confirmar a morte do empresário Hayyum Ali Mamade, raptado há mais de uma semana, a Câmera de Comércio de Moçambique veio ao terreno lamentar profundamente o ocorrido e instou a quem é de direito para tomar as devidas medidas para o rápido esclarecimento deste caso a responsabilização dos seus perpetradores. Por outro lado, a CCM defende que “é tempo de dizer basta a onda de raptos e sequestros protagonizados por indivíduos sem escrúpulos”.

Em 2022, o crime organizado, com destaque para os raptos, voltou a exibir a sua musculatura perante o olhar impávido das autoridades da lei e ordem. Segundo dados apresentados pelo Presidente da República, entre Janeiro e Novembro, foram registados em todo território nacional 10 casos de raptos, dos quais cinco foram esclarecidos e em conexão com os mesmos 19 pessoas encontram-se detidas.

Nesta terça – feira, de acordo com as autoridades da lei e ordem, o corpo de Hayyum Ali Mamade, já sem vida, foi abandonado na zona de Txumene, nos arredores de Maputo, e apresentava ferimentos e sinais de agressão.

Através de um comunicado, a Câmera de Comércio de Moçambique (CCM) lamentou profundamente a morte de Hayyum Ali Mamade que “foi vitima de barbárie de crime organizado que semeia terror e desestabiliza a classe empresarial moçambicana”.

Perante o sucedido e ao clima de instabilidade que se vive nas principais cidades moçambicanas, a CCM observa que chegou o momento de se colocar um travão na onda de raptos e sequestros que causam mortes e luto nas famílias dos que caíram nas mãos dos raptores.

“É tempo de dizer basta a onda de raptos e sequestros protagonizados por indivíduos sem escrúpulos, sanguinário e sem o mínimo de sentimento de humanidade que, para além de desestabilizarem emocional e financeiramente as famílias, demonstram a brutalidade dos seus actos, causando a morte e luto nas famílias das suas vítimas”, refere a Câmera de Comércio de Moçambique para depois instar as autoridades da lei e ordem para o rápido esclarecimento deste caso e a responsabilização dos seus perpetradores.

Por outro, a CCM, para além de apontar que a economia de Moçambique não se pode edificar num ambiente de medo e consternação, aponta que “o país não deve continuar a conviver com as estas forças de mal e tirania contra a classe empresarial”.

Nas entrelinhas, a  Câmera de Comércio de Moçambique manifesta a sua solidariedade para com a família enlutada e renovou o apelo da segurança da classe empresarial e do fazer negócios em Moçambique

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