Moçambique É Hoje Um Manicómio Governado Por «Doidos Varidos»

OPINIÃO

Afonso Almeida Brandão

Um Manicómio é o local onde os doidos procuram dizer e fazer o contrário do que dizem e fazem as pessoas normais. Se é assim, como pensamos, Moçambique, ao escolher fazer o contrário do que é feito na maioria das Democracias Africanas e Ocidentais, está transformado num Manicómio. Trata-se do Manicómio da LAM, o Manicómio das Leis da Habitação e das Rendas (onde cada Proprietário pede o valor que lhe der na “real gana”, sem qualquer tipo de Fiscalização), o Manicómio da Política Ferroviária e dos Transportes Colectivos (onde incluimos os denominados “Chapas” a «cairem de podre» e sem condições de circularem na via pública), das Estradas mal tratadas e sem alcatrão, da Energia, do funcionamento da Educação, da Saúde e da Justiça (onde continua a imperar os “favoresocultos”. Em todos estes Manicómios Moçambique está a fazer o contrário do que é feito na generalidade dos outros países Africanos, dos PALOP´s e Europeus (só para citar estes três exemplos).

Há mais de quinze anos escrevi na ex-Tropical Magazine da qual fui Director, dois artigos onde tentei explicar ao Governo de então, “comandado” por Armando Guebuza, do Partido-Socialista-Frelimista, à época, com dados estatísticos a chamar à atenção para as políticas que estavam a ser iniciadas na vizinha África do Sul com bons resultados e fizemos a proposta de os sucessivos Governos da FRELIMO-Socialistasde Esquerdaseguirem, no essencial, um modelo semelhante. Por exemplo, a prioridade absoluta à Educação e à Formação Profissional em detrimento de nada fazerem pela reabilitação das nossas auto-estradas e também de grande parte das Ruas e Avenidas das principais Cidades de Moçambique, de Norte a Sul,construir mais uma ou duas Pontes,Pracetas e Gimnodesportivos; propusemos a redução dos Impostos; a atracção do Investimento Nacional a nível de todos os países de Africa Austral, PALOP´se Europeus, com a incorporação das novas tecnologias; o privilégio das grandes Empresas Industriais e Tecnológicas — quer Estatais, quer Privadas —, e a correspondente redução do número de pequenas empresas essencialmente comerciais, onde podemos incluir as pequenas “lojas”; defendemos uma Administração Pública Moderna e tecnologicamente avançada e uma Justiça mais justa e séria, que respondesse com rapidez às necessidades dos Moçambicanos e da Economia.

Nos últimos 15 anos os (ditos)Governos da FRELIMO de Esquerda-Socialistas, hegemónicos no nosso País, em tudo fizeram o contrário do que seria ajustado e criaram, pouco a pouco, o Manicómio onde hoje vivemos todos. Claro que para uma pequena maioria dos nossos Governantes e Feliados do Partido em questão, incluindo a RENAMO e o MDM, é que estavam “seguros” de si e eram benefiados com a política de «uma mão lava a outra»… Ou seja, continua tudo na mesma…

Digam-nos os Moçambicanos se aquilo a que acabam de assistir na Assembleia da República, na boca do Ministro Amadeu MAGALA relativamente à LAM, empresa onde quase tudo o que se passou foi feito ao arrepio das normais regras de Gestão e da Lei, revela ou não a existência de um Manicómio onde nada faz sentido e onde quase tudo é revelador da existência de gente pouco qualificada, para mais composta maioritariamente de ignorantes e de mentirosos, e que acabam por dar o dito pelo não dito?

Que mesmo quando se vão embora são substituídos por outros ignorantes e mentirosos, sem fim à vista? Depois os Ministros são trocados como quem dá «cá aquela palha» e temos andado nisso faz tempo, sem melhoras à vista. Afinal de contas qual tem sido a diferença nestas “trocas e baldrocas”, com a regular mudança desta gente, ao fim destes anos todos?!… Nenhuma, convenhamos!

Digam-nos os Moçambicanos de mente mais aberta e com dois palmos de testa, se aquilo que aconteceu com os aviões do nosso País terem sido proibidos de sobrevoar para fora de Moçambique, por não apresentarem condições mínimas de segurança de vôo? Não é uma verdadeira vergonha para todos nós? Digam lá, Caros Cidadãos, seisto além de ser Surrealista é ou não é uma cena digna de um Manicómio mal afamado da nossa Governação caricata? E mais exemplos poderiamos aqui referir…

Ou se os sucessivosDirigentesFrelimistas da Esquerda Socialistaescolhida entre nós, pelos Povo Moçambicano e, posteriormente, pelos nossos “exemplares” Políticos com “a prata da casa”, para dirigir o Manicómio da LAM — e todo o nosso País! — representa ou não um filme perfeitamente aceitável no ambiente de um Hospital para Doidos Varridos?

E pensamos que grande parte do Povo, que hoje se queixa da actual Governação, também tem culpas noCartório, porque é graças a eles e aos VOTOS que dão à FRELIMO que esta tem obtido, desde 1975, a Maioria Absoluta à frente dos Destinos da Nação. Há que mudar esta atitude e pensar bem onde vamos colocar a “sagrada” cruz no Boletim de Voto, nas próximas Eleições Presidenciais. Isto, para amanhã não ficarmos todos a lamentar o sucedido.

Claro que os Moçambicanos —SÓ PODE SER — também não estavam no seu perfeito juízo quando escolheram dar mais uma vez a Maioria Absoluta a Filipe Nyuse e contribuíram bastante para que o Manicómio tenha podido sobreviver, agora por mais cinco anos. E ainda falta dois para terminar o “sofrimento” deste POVO que tem sido governado por incompetentes e corruptos. Por isso é que a situsação vai de mal a pior. Até quando?

Razão suficiente para que cada vez mais jovens licenciados e com formação Superior abandonem o País, certos de que neste ambiente pouco racional a sua Vida e a sua Esperança de um Futuro Melhor não vai a lado algum — e que viver num Manicómio não constitui um objectivo de Vida desejável e saudável para ninguém.

E fala-se, à «boca cheia» — imaginem! —, de que o Partido FRELIMO está a tentar, tudo-por-tudo, para eleger Filipe Nyuse para mais um Terceiro Mandado de 5 anos, o que contraria a Constituição da República e deixa os Partidos da Oposição, em especial, e a População em particular, com os cabelos em pé

Estamos ou não estamos, a viver todos, num País deManicómio criado pela FRELIMO e respectiva “pandilha”, ao longo de várias Décadas?

Será que POVO NO PODER será uma solução para salvar Moçambique e «arrumarmos a casa» de uma vez por todas? Contudo, para que tal SONHO SE TORNE UMA REALIDADEé preciso (elógico) que precisamos de Novos Políticos determinados, conscientes e sérios. Em suma: da criação de uma NOVAOposição Combativa e  Rejuvenescida, Capaz, Inspirada, Preparada e Conhecedora, que consiga UNIR O POVO DO REVUMA AO MAPUTO, caso contrário, continuaremos todos «a remar contra a Maré».

É chegada a Horada Nossa Actual Juventude Moçambicana e de uma grande parte da faxa itária mais consciente e adulta, ACORDARe meter mãos à obrapara que Moçambique possa, finalmente, alcançar novos Horizontes e Florescer no sentido de augurar uma Paz mais Harmoniosa e desejada, onde haja lugar para todos, Homens e Mulheres, independentemente de Raças e Religiões.

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