Nos últimos anos, o crime organizado, com destaque para os raptos, exibiu a sua musculatura perante o olhar impávido das autoridades da lei e ordem. Para travar este fenômeno que precipitou a saída de muitos empresários do país, o Governo, para além de reforçar a capacidade da Policia da República de Moçambique (PRM) e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), resgatou a ideia da criação da Companhia Anti-raptos, tendo avançado que já foram selecionados os agentes que terão a árdua missão de travar os raptos em todo território nacional.
Foi à margem da sessão de perguntas ao Governo na Assembleia da República que o Primeiro – ministro anunciou as medidas pelo Executivo para estancar a onda dos raptos em Moçambique.
“As acções de capacitação institucional que temos vindo a implementar estão a ser determinantes para a polícia e o Serviço Nacional de Investigação Criminal reforçarem cada vez mais as suas ações preventivas e de combate a diferentes tipos de crimes tais como raptos, assassinatos, tráfico de seres humanos, roubos, drogas, entre outros”, respondeu Maleiane quando questionado sobre as estratégias do Governo para acabar com o clima de insegurança no país.
A Companhia Anti-raptos, anunciada em Novembro de 2021 pelo Comandante – Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, ainda não começou a operar. Aliás, o curso para a formação dos mesmos não chegou de arrancar.
No entanto, o Primeiro – ministro revelou que já foram selecionados agentes que vão fazer parte da força que terá a árdua missão de conter a onda dos raptos, tendo igualmente referido que a especialização da mesma estará a cabo dos parceiros de cooperação. A escolha dos agentes e a formação fazem parte da primeira e segunda fases da criação da Companhia Anti-raptos.
A terceira fase, que segundo o governante vai decorrer em paralelo com outras fases, vai consistir na mobilização do equipamento técnico consentâneo para doptar a unidade de maior capacidade operativa.
Refira-se que entre desde 2021 até esta parte Moçambique registou um total de 28 casos de raptos, dos quais apenas 15 foram esclarecidos.
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