Nos últimos anos tem se assistido ao aumento substancial do consumo de drogas e também alusivo de álcool nas escolas sobretudo do ensino secundário em Moçambique. Esse fenômeno ´preocupa sobremaneira o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e as organizações da sociedade civil. Na última semana, a Comunidade Académica para o Desenvolvimento (CADE) realizou um Workshop sobre Segurança Escolar sob o lema “Promover a segurança escolar hoje, para uma Sociedade justa e segura”. Se por um lado, à margem daquele evento, o presidente da CADE, Cassamo Nuvunga, defendeu a criação de esquadrão policial desatacado para as escolas com vista a acabar com venda e consumo de bebidas alcoólicas. Por outro, em representação da Universidade Pedagógica de Maputo, Fernando Pereira, falou da necessidade de se colocar mais psicólogos nos estabelecimentos de ensino.
Texto: Teresa Simango
As escolas viraram um espaço privilegiado para o consumo abusivo de álcool e de drogas. Este fenômeno, para além de tirar ao Governo, preocupa as organizações da sociedade civil.
Recentemente, a Comunidade Académica para o Desenvolvimento (CADE) organizou um workshop para debater sobre o papel do Ministério das Educação e Desenvolvimento Humano na segurança escolar e o impacto da violência, consumo de álcool e drogas na saúde psicológica dos alunos, medidas preventivas para promover um ambiente escolar saudável e seguro bem como o papel da polícia na segurança escolar e comunitária.
Na sua intervenção no evento em que marcaram presença representantes do MINEDH, ACIPOL, UP Maputo e algumas organizações da sociedade civil, o presidente da CADE, Cassamo Nuvunga, falou da pertinência da formação de policias especializados em matérias de segurança escolar para a erradicação da venda e consumos de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos ensino.
Para reverter o actual cenário, Nuvunga defendeu a criação de uma legislação que proíbe a venda de bebidas alcoólicas próxima das escolas e o cancelamento das licenças de empresas produzem bebidas alcoólicas com um elevado teor de álcool a custo exageradamente baixo.
Enquanto Alzira Jofrice, representante da Academia de Ciências Policiais, explicou que o programa “Caminhos Seguros e Escolas Seguras” que está a ser implementado em todas escolas da Cidade de Maputo e constitui um dos mecanismos encontrado pela PRM para eliminar a violência e garantir segurança dos alunos, na qualidade de representante da Universidade Pedagógica de Maputo, Fernando Ferreira, apontou que a falta de psicólogos nas escolas e a não participação dos alunos na constituição das normas escolares constam dos factores que contribuem para o aumento de casos de violência nas escolas.
Ainda à margem do workshop que visava debater sobre o papel do Ministério das Educação e Desenvolvimento Humano na segurança escolar e o impacto da violência, consumo de álcool e drogas na saúde psicológica dos alunos, Amos Arlindo, presidente do Conselho de Activismo ao nível da Escola Secundária de Malhazine e EPC de Malhazine, explicou que aquelas instituições de ensino alcançaram resultados animadores no que respeita ao combate contra o consumo de álcool e drogas através sensibilização, partilha de testemunhos e palestras.
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