Maleane sugere migração para quem não aguenta com “fome”

DESTAQUE ECONOMIA SOCIEDADE

Comer está cada vez mais caro nas principais cidades do país devido ao elevado custo de vida. O Primeiro – ministro, Adriano Maleiane, reconheceu, durante a palestra com os estudantes universitários, na quarta – feira, 24 de Maio, que o custo de vida está cada vez mais alto em Moçambique. No entanto, como proposta para colocar um travão na subida vertiginosa dos bens de primeira necessidade sugeriu migração para quem não aguenta com a “fome”.

De acordo com Índice de Preços no Consumidor Moçambique, referente ao mês de Abril de 2023, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e a província de Inhambane registaram uma subida que varia de 2,5 a 15,5 por cento.

Na capital moçambicana, Maputo, o saco de 10 quilogramas de cebola passou dos anteriores 450 meticais para 700 meticais o que, de certa forma, deixa os munícipes agastados, visto que a subida dos preços dos paralelos não caminha de mãos dadas com a subida dos salários.

À margem palestra com os estudantes universitários na capital moçambicana, Maputo, o Primeiro – ministro, Adriano Maleane, reconheceu que o custo de vida está cada vez mais alto em Moçambique, mas quando foi chamado apontar propostas para frear a subida dos preços de bens e serviços sugeriu migração para quem não aguenta com a “fome”.

“A partir do Instituto Nacional de Estatística, o Governo está a criar os índices de preço de todas as províncias porque este vai ser indicador para nós também encontrarmos oportunidades, porque, se eu souber que, na Beira, a taxa de inflação é de 5 e Maputo está nos 15, eu vou à Beira porque a vida lá é melhor. Então, vai ajudar nesta procura de oportunidade e atenuar a questão do custo de vida”, declarou o governante.

Por outro lado, Maleiane lançou farpas para os pobres que criticam as medidas “cosméticas” do Executivo para travar o alto custo de vida que se faz sentir nas principais cidades moçambicanas.

“O que pode acontecer é que muitas pessoas criticam uma coisa que não sabem. Então, quando você critica uma coisa que não sabe, não vai esperar que o Governo reaja a isto. Quando você critica uma coisa que não sabe, isto não é crítica, isso se chama ‘falar mal’ porque você não sabe o assunto, mas tem vontade de falar mal”, criticou.

Ainda na sua intervenção, o Primeiro – ministro referiu que é expectativa do Governo que a renda pessoa vai ultrapassar mil dólares até 2035 contra os actuais perto de 500 dólares.

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