Kida acusa agentes penitenciários de facilitarem entrada de produtos proibidos nas cadeias

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Durante a abertura do curso sobre direitos humanos no sistema penitenciário e regras mínimas de tratamento dos reclusos, a ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, reconheceu que os reclusos têm um pouco de tudo nos estabelecimentos penitenciários, tendo na ocasião apontado o dedo aos agentes penitenciários pela entrada de produtos proibidos nas cadeias.

A ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos mostrou-se preocupado com o facto dos reclusos terem acesso a telemóveis, drogas, álcool e até aparelhos de som nos estabelecimentos penitenciários. Helena Kida não tem dúvidas que são os agentes penitenciários que facilitam a entrada de produtos proibidos.

“Nós somos os primeiros a permitir o acesso de drogas nos estabelecimentos penitenciários. Tem que entrar de algum lugar, telemóveis não autorizados, têm que entrar de algum lugar (…) Houve uma vez que fiquei escandalizada depois de uma rusga. As colunas que encontraram eram maiores que eu, como entraram? Desmontadas? ”, questionou a governante.

Kida reconheceu, por outro lado, que há muita criminalidade nos estabelecimentos prisionais, por sinal um lugar onde as pessoas deviam ser reeducadas e reabilitadas, acusando os agentes penitenciários de fazer vista grossa às irregularidades que acontecem nas cadeias.

“Temos tudo dentro dos nossos estabelecimentos penitenciários, mas alguém mete e este é pior do que aquele que consome lá dentro e pergunto por que razão é que um colega vai facilitar a entrada de produtos proibidos nos estabelecimentos penitenciários?”

Ainda à margem do curso sobre direitos humanos no sistema penitenciário e regras mínimas de tratamento dos reclusos, formação que contou com 40 agentes penitenciários, a ministra da Justiça Assuntos Constitucionais e Religiosos revelou já foi tentada pelos burladores que estão nos estabelecimentos prisionais.

“Tenho recebido aquelas mensagens que dizem: ‘aquele valor manda para este número’; mensagens essas que todo mundo sabe vem aqui de dentro das cadeias”, referiu Kida.

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