O Juiz desembargador do Tribunal Supremo (TS), Dimas Maroa, alinha com a ideia dos analistas que defendem que Moçambique não pode apenas apostar no belicismo para acabar o terrorismo, defendendo que o Executivo deve urgentemente reforçar a capacidade de inteligência porque este fenômeno não se combate apenas com o poderio militar.
A chegada das tropas amigas no Teatro Operacional foi fundamental para as Forças de Defesa e Segurança atingirem êxitos no combate contra o terrorismo. No entanto, Dimas Maroa adverte que não se pode apenas apostar no rufar das armas para restabelecer a ordem e tranquilidade naquele ponto do país.
Maroa refere que é urgente o reforço da capacidade da inteligência das Forças de Defesa e Segurança porque o terrorismo não se combate apenas com o poderio militar. “Precisamos de ter uma unidade judicial central, no contexto da luta contra o terrorismo. O terrorismo não se resolve apenas com o poderio militar, “mas também com a nossa capacidade de inteligência”, defendeu o Juiz do Tribunal Supremo citado pela Voz de América que Moçambique deve seguir o exemplo dos países da União Europeia.
“Nós precisamos da criação de uma unidade central para atacarmos esta questão por via da componente de inteligência, congregando todas as forças que devem estar nessa unidade, à semelhança do que tem acontecido na Europa e nos países do Sahel”.
Numa outra abordagem, Dimas Maroa apontou que a sector da magistratura tem a habilidade de tentar trazer as melhores soluções para o fenômeno que provocou uma crise humanitária sem precedentes na província de Cabo Delgado.
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