Médicos retomam greve de 21 dias no dia 10 de Julho e acusam Governo de falta de seriedade

POLÍTICA
  • Enquanto líder dos profissionais de Saúde queixa-se de ameaças de morte

Devido ao incumprimento das promessas por parte do Governo, os médicos vão retomar a greve a partir do dia 10 de Julho, paralisando as actividades em todo o território nacional por um período de 21 dias, prorrogáveis, mas não param por aí. Desta vez, esticam a corda e anunciam que só retomam com o acordo implementado.

O anúncio foi feito, na tarde desta quinta-feira, por meio de uma nota recebida pelo Evidências, especificando que no âmbito do processo de monitoria dos diversos acordos firmados entre o Governo de Moçambique e a AMM, a classe médica analisou no passado dia 07 de Junho, em reunião nacional, o grau de implementação destes acordos.

“Tendo-se constatado um grande incumprimento dos acordos assim como várias irregularidades que culminaram com as reduções salariais no mês de Maio, foi mandatado o Conselho de Direcção da AMM para convocar a 2ª fase da 3ª greve nacional da classe médica. Assim, a segunda fase da terceira greve nacional da classe médica terá seu início as 07 horas do dia 10 de Julho de 2023 e terá a duração de 21 dias prorrogáveis até que as diversas irregularidades sejam corrigidas e os acordos totalmente implementados”, sublinhou.

A convocação da marcha acontece dias depois da classe ter acusado o Governo de ter cumprido apenas 10 porcento das promessas feitas em Dezembro quando as partes sentaram à mesa e houve acordo em torno das reivindicações dos homens de batina branca.

Entre vários aspectos, a Associação Médica de Moçambique aponta que o Governo não está a cumprir com a implementação do estatuto do médico e dos direitos nele consagrados, para além das já conhecidas irregularidades detectadas na Tabela Salarial Única.

Refira-se que a greve dos médicos é anunciada dias depois da Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUM) ter anunciado a suspensão da sua greve, que devia ter iniciado a 01 de Junho, por 60 dias para negociações.

Entretanto, enquanto decorrem negociações o presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave queixa-se de estar a ser vítima de ameaças de morte, através de uma ligação telefónica, feita a uma pessoa próxima dele na passada quinta-feira.

Mesmo assim, citado pelo SAVANA, o líder do grupo composto por enfermeiros, técnicos de saúde, farmacêuticos, entre outros, sublinha que as ameaças não vão conseguir intimidar o grupo ou fazê-lo recuar.

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