Governo não cumpre com o prometido e médicos anunciam nova greve a partir da segunda-feira

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A Associação Médica de Moçambique (AMM) anunciou nesta quarta-feira, 05 de Junho, a reactivação da greve nacional da classe, que havia sido suspensa porque supostamente haviam sido alcançados consensos com o governo para a resolução dos problemas relativos a cortes salariais com a aplicação da nova tabela na função pública e falta de pagamentos de horas extras. Após o governo não ter cumprido com o oque prometeu, eis que os médicos decidiram mais uma vez paralisar as suas actividades por 21 dias contínuos, contando a partir da próxima segunda-feira, 10 de Julho.

“Trata-se, novamente de uma greve nacional, onde serão prestados apenas os serviços mínimos e que vai começar às 07:00 de segunda-feira”, explicou o presidente da AMM, Milton Tatia.

A associação justifica que a decisão do regresso à greve após a suspensão de uma outra convocada em Dezembro surge da falta de cumprimento dos acordos outrora alcançados com o Governo nas negociações realizadas no final do ano passado.

“O Governo prometeu resolver a questão de cortes salariais e a falta de pagamentos de horas extras a partir de Fevereiro, mas até agora não houve resultados. No sábado, tivemos um encontro com uma nova equipa do Governo, deferente da equipa que estava a negociar com os médicos em Dezembro, e que agora nos informou que não vai implementar o que acordámos anteriormente”, explicou Milton Tatia.

A classe médica moçambicana já havia expressado o seu descontentamento perante a situação que vive em Novembro do ano passado, aquando do adiamento da primeira greve.

Feito isto, teria havido sucessivos encontros da AMM com os ministros da Economia e da Saúde, onde se apostou em “dar tempo ao Governo” para “implementar os princípios acordados”.

A constante mudança de interlocutores delegados pelo Governo revelou para a AMM falta de transparência sobre a “forma como os salários dos médicos estão a ser ou não processados”, e isso teria sido um dos motivos do total fracasso das negociações até o momento.

E na tentativa de ouvir ministério da Saúde de Moçambique (MISAU) este prometeu em breve dar esclarecimentos sobre o assunto.

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