HCB quer envolver mais “conteúdo local” na cadeia de fornecimento de bens e serviços

DESTAQUE ECONOMIA
  • Lançado novo portal do fornecedor
  • Projecto de expansão da capacidade da HCB vai triplicar demanda por bens e serviços

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) lançou, na última semana, na Cidade de Maputo, o portal do fornecedor, que visa conferir mais transparência, eficiência e justiça no fornecimento de bens e serviços à HCB. De acordo com o Presidente do Conselho de Administração da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, Tomás Matola, o portal vai dinamizar a prestação de bens e serviços à hidroeléctrica e impulsionar o empresariado nacional, num contexto em que a empresa prevê a expansão da sua capacidade nos próximos anos, o que poderá triplicar as necessidades em termos de bens e serviços.

Actualmente, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, para além de ser a maior produtora de energia eléctrica de Moçambique, consta do rol das maiores produtoras ao nível do continente africano, com receitas de 500 milhões de dólares em receitas anuais e mais de 200 milhões de dólares de resultado líquido.

Deste valor anualmente a hidroelétrica aplica cerca de 2,2 mil milhões de Meticais em compras de bens e serviços através do portal do fornecedor, dos quais 60% são feitos no mercado nacional.

Na última semana, visando conferir mais transparência, eficiência e justiça no fornecimento de bens e serviços, a HCB lançou o seu novo portal do fornecedor. Para Tomas Matola, presidente do Conselho de Administração (PCA) daquela empresa estatal, o acto “representa essa nossa convicção e comprometimento com a transparência, eficiência e justiça nas nossas práticas, em todos os nossos processos de compras”.

Aliás, segundo Tomás Matola, o Portal do Fornecedor é uma prova da dedicação da empresa em promover relações fortes e mutuamente benéficas com fornecedores, sendo que, acima de tudo, revela o compromisso em impulsionar o desenvolvimento económico de Moçambique, através do empresariado nacional, proporcionando um ambiente de equidade e igualdade entre todos.

“Julgamos que o desenvolvimento a que nos referimos passa por criar acessibilidades e facilidades ao empresariado nacional, criando oportunidades de participar em todas as licitações para o fornecimento de bens e serviços para a HCB, através de uma plataforma em que todos têm igualdade de acesso à informação. Ao embarcarmos neste novo capítulo, estamos conscientes das responsabilidades que o acompanham. Por isso, estamos empenhados em manter os mais elevados padrões de integridade, ética e conformidade, em todas as nossas interações com os nossos fornecedores. Este portal será um veículo para reforçarmos estes princípios e garantirmos que as nossas práticas de compras sejam conduzidas com o máximo profissionalismo e justiça,”, disse o presidente do Conselho de Administração da HCB.

Redistribuição da riqueza que produzia pela HCB através do conteúdo local

Por outro lado, Tomás Matola fez questão de reafirmar a convicção de que o portal vai dinamizar a prestação de serviços à hidroeléctrica e impulsionar o crescimento do empresariado nacional.

“O nosso foco é dedicar parte significativa (para fornecimento de bens e serviços) a empresas nacionais. Temos consciência da importância do sector privado nacional para o crescimento da nossa economia, pois, o sector privado produz riqueza e nós como uma das grandes empresas de Moçambique temos obrigação de contribuirmos para o seu crescimento. E também é uma das formas de contribuir para a redistribuição da riqueza que é produzida pela HCB. Para além dos dividendos que pagamos ao Estado, das outras taxas pagas ao Estado, e para além do que despendemos em responsabilidade social, através das empresas também estamos a redistribuir a riqueza que é gerada na província de Tete”, disse Matola.

A HCB é uma empresa estruturante para o país e para a região, fornecendo energia, na5o só para Moçambique, como também para os demais países da região, incluindo a África do Sul, país que nos últimos anos debate-se com uma grande crise energética, com um défice de cerca de 6 mil Megawatts (MW). A nível da região o défice é estimado em 10 mil MW, o que pressiona a HCB a aumentar a sua capacidade de produção para responder aos desafios energéticos da região.

“Apesar de sermos uma empresa grande no que se refere a produção de energia, estamos a ficar pequenos em função das necessidades da região. Isso requer que comecemos a pensar em expandir as nossas atividades, para aumentarmos a nossa capacidade, para que efetivamente em poucos anos possamos fazer face a esta demanda da região”, disse Matola, assegurando que a expansão da capacidade irá demandar maior necessidades, em termos de fornecimento de bens, equipamentos e serviços nos próximos anos, devendo neste processo privilegiar o

Neste momento, por exemplo, a HCB está a estruturar o seu projecto visando reabilitar de raiz o seu parque electroprodutor e infra-estruturas de transporte que se encontram bastante obsoleto, pelo facto de terem, alguns deles, mais de 50 anos de vida.

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