Moçambique continua na lista dos países mais pobres do mundo e, ao mesmo, tempo debate-se com a situação da insegurança alimentar. Olhando para o actual cenário social e econômico do país, Hélder Muteia, antigo ministro da Agricultura e, actualmente, representante da Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) em vários, defende que a perola do indico deve primeiramente se preocupar em vencer a pobreza para depois atacar a fome.
O actual Governo colocou no topo da sua agenda combater a pobreza e a insegurança alimentar. No entanto, Helder Muteia observa que o Executivo não pode travar as duas batalhas em simultâneo, ou seja, defende que antes da fome o país deve vencer a pobreza.
“Se nós conseguirmos combater a pobreza absoluta, estaremos a erradicar a fome. E o que está por detrás da pobreza é o analfabetismo, a inexistência de recursos e, algumas vezes, o fraco desenvolvimento das áreas em que temos vantagens. A agricultura não é apenas para erradicar a fome. Deve começar por tentar erradicar a pobreza, que é a mãe da fome”, disse o antigo ministro da Agricultura na entrevista que concedeu à STV.
A agricultura faz parte na óptica do Governo dos vectores de desenvolvimento. Com a vista a colocar a agricultura com um dos instrumentos para combater a pobreza, Hélder Muteia aponta que o país deve facilitar o acesso a recursos naturais e financiamento para os agricultores.
Por outro lado, o representante da Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) em vários países defendeu que Moçambique deve sair abandonar o mais breve possível a agricultura de subsistência de modo a garantir que as populações tenham acesso às novas tecnologias agrárias, sem que queimar etapas.

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