Teodósio Camilo
O sucesso e o fracasso não são fenómenos acidentais, resultado das atitudes, crenças e valores e, sobretudo, da forma de pensar. Não são fenómenos naturais e divinos que surgem independentemente da vontade do homem.
Algumas pessoas suportam-se de mitos, concepções infundas sem bases sustentáveis, não queira desprezar as crenças individuais. Quer crê ou não em alguma coisa que sirva como força motriz, o certo é: o sucesso e o fracasso resultam do pensamento de cada indivíduo.
Hill (2019) defende que um homem nunca está tão perto do sucesso quanto esta do fracasso e toma conta de sua vida, porque estas ocasiões forçam-no a pensar. Pensando com exatidão e com persistência, vai descobrir que aquilo que se chama fracasso, na verdade, nada mais é que um sinal para elaborar um novo plano ou objetivo.
A maior parte dos fracassos reais deve-se a limitações que o homem impõe a si mesmo em sua próprias mente. Com um pouco de coragem, dar mais um passo à frente, descobriria os seus próprios erros. A sua única limitação é aquela que impõe em sua própria mente. Tenho plena convicção de que não há derrota permanente para o homem, mas tudo é ocasional. Todo o problema tem solução, não interessa quanto esforço necessita de empreender e tempo que durará, mas sim, terá resultado positivo.
Assume-se que o caminho rumo ao sucesso de money game é a reorganização do seu pensamento, formata a sua mente, limpa as informações negativas, insira as ideias positivas sobre trabalho, compreenda o real valor que dinheiro ocupa na sua vida, poupe e aplique o seu dinheiro sem se emocionar. Ao aplicar o seu valor diferencie as necessidades e desejos para não cair em gastos descontrolados.
Para se tornar bom gestor das suas finanças não é suficiente ter a Literacia Financeira, mas sim, a Educação Financeira é a condição essencial no sentido de ganhar Money Game.
Pode-se compreender que o sucesso financeiro está intimamente relacionado com a questão comportamental. A atitude financeira é um sentimento interior expresso no comportamento face ao dinheiro. É por isso que uma atitude pode ser demonstrada sem que se diga uma palavra. Os actos, os vestes, as expressões são mais importantes e associam-se ao comportamento quando se tem dinheiro, revelam o que pensas e determinam o sucesso ou fracasso financeiro.
Housel (2021) apresenta duas histórias uma ruim e outra boa que acontecem no sector financeiro. Trata-se de duas realidades opostas que podem coexistir e têm duas explicações possíveis.
A primeira diz que os resultados financeiros são orientados pela sorte, independentemente de inteligência e do esforço. A segunda ressalva que o sucesso financeiro não é uma habilidade técnica, é uma habilidade pessoal na qual o seu comportamento é mais importante que o seu conhecimento.
Nesta ordem, segundo Housel, a habilidade pessoal refere-se a Psicologia Financeira, as habilidades pessoais são mais importantes do que o lado técnico do capital humano na tomada de decisões financeiras acertadas, embora as habilidades pessoais sejam muito subestimadas.
O lado caricato é que a Educação Financeira é ensinada, em grande parte, como um campo puramente matemático. Ensina-se a preencher planilhas com fórmulas, estas fórmulas orientam o que fazer na sugestão de finanças pessoais e orienta-se igualmente o uso da fórmula 75%, 15% e 10%. Esta estratégia estabelece que no total 100% do rendimento, guarde 10% para fundo de emergência, 15% a investimentos e 75% reserva-se ao consumo geral.
As planilhas de gestão são importantes na reorganização de finanças pessoais, contudo, não determinam as escolhas que as pessoas realizam e dos apetites quando se trata de comprar algo. Viver acima do que produz tem a ver o comportamento financeiro, mais do que os cálculos aritméticos gerados nas planilhas financeiras.
Eis a diferença entre finanças pessoais, literacia financeira e educação financeira. As finanças pessoais tratam do conhecimento necessário na organização das despesas individuais, refere-se a aritmética ou cálculos que permitem a melhor distribuição do seu rendimento. Esta área apoia-se nas planilhas financeiras que especifica a estratificação das despesas de um determinado período. Continua
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