Música moçambicana de luto: morreu Dilon Djindji

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Morreu nas primeiras horas desta quarta-feira, 18 de Setembro, aos 97 anos de idade o músico moçambicano, Dilon Djundji vencida por doença. Já há anos que o rei da Marrabenta, por sinal considerado por muitos como o pioneiro nesse género musical substituiu os palcos com os hospitais na busca do bem precioso: saúde.

O quadro de saúde do ícone da Marrabenta, Dilon Djindji, já há muito que ostentava debilidades, razão que justifica constantes internamentos nas maiores unidades de saúde de Marracuene com mesmo nome, distrito que o viu a crescer e na cidade de Maputo, Hospital.

O “Rei da Marrabenta” assim como era singela e carinhosamente era tratado, deixa um vazio nas artes nacionais sobretudo para música Marrabenta, ritmo que era uma parte de si, aliás, tudo quanto dedicou aquando da sua existência a terra dos vivos,

Com uma carreira que se estendeu por décadas, Djindi foi fundamental na popularização da marrabenta, um estilo musical que combina influências tradicionais com elementos contemporâneos. Suas canções, que abordavam temas como amor, resistência e cultura moçambicana, ressoaram profundamente com o povo.

Foi através dos êxitos musicais como “Maria Teresa”, “Angelina”, “Maria Rosa”, “Sofala”, “Marracuene”, “Xitlanwana”, “Podina” entre outras que conquistou milhares de moçambicanos e consequentemente deixar uma marca indelével nas artes moçambicanas.

Dilon Djindji, é um exemplo claro de que o factor língua não é preponderante para o sucesso além-fronteiras. Com apenas uma e seu ronga (língua predominante na zona sul do país), conseguiu furar fronteiras com a sua Marrabenta. Com sua arte, Djindji conheceu países como, Estados Unidos da América (EUA), Portugal, Inglaterra, Noruega, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e diversos. (Elisio Nuvunga)

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