- VM convoca manifestantes paras capitais provinciais e os insta a ocupar portos e fronteiras
Os moçambicanos, sobretudo o sector produtivo, encontram-se ainda a fazer contas à vida dos prejuízos económicos e sociais impostos pelos primeiros 11 dias das manifestações. No entanto, o candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, Venâncio Mondlane, anunciou, na segunda-feira, 11 de Novembro, aquela que considera ser a quarta e última etapa das manifestações, que será em diversas fases, cuja primeira arranca a partir da próxima quarta-feira e terá uma duração de três dias, com manifestações em todas as capitais provinciais. Para além da ocupação das capitais provinciais, Venâncio Mondlane instou os manifestantes a paralisarem portos e fronteiras. Por outro lado, VM revelou, mais uma vez, que já submeteu queixa contra sete membros do Governo de Filipe Nyusi no Tribunal Penal Internacional.
Depois da terceira etapa das manifestações em protesto contra os resultados das Eleições Gerais, Legislativas e das Assembleias Provinciais, anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, que duraram sete dias, o candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, anunciou a primeira fase da quarta etapa.
Com o início previsto para o dia 13 e o término no dia 16 de Novembro corrente, de acordo com Venâncio Mondlane, as manifestações da primeira fase da quarta etapa serão realizadas em todas as capitais provinciais.
Durante os três dias, Mondlane exortou aos seus apoiantes para se manifestarem nos portos e fronteiras, sendo que aos camionistas pediu para que seguissem o exemplo dos sul-africanos e moçambicanos que durante a terceira etapa das manifestações paralisaram os camiões em Ressano Garcia, bloqueando o trânsito de entrada e saída.
Para evitar o derramamento de sangue nos primeiros três dias da quarta etapa, o candida-
to, que para a Comissão Nacional de Eleições foi o segundo mais votado nas Eleições Gerais, apelou aos moçambicanos para evitarem vandalizar estabelecimentos públicos e privados.
Aliás, no entender de Venâncio Mondlane, os indivíduos que andam a vandalizar estabelecimentos comerciais para posteriormente saquear são membros infiltrados da Polícia da República de Moçambique, tendo dado exemplo de vídeos de agentes da lei e ordem a carregarem arroz e eletrodomésticos nas redes sociais.
Para além de anunciar a quarta fase das manifestações, Mondlane reiterou que submeteu uma queixa contra sete elementos do Governo liderado por Filipe Nyusi no Tribunal Penal Internacional, garantido que há matéria suficiente para que os mesmos sejam julgados e con- denados pelas mortes registadas um pouco por todo país.
Não nomeou os sete nomes de governantes, mas citou o próprio Presidente da República, Filipe Nyusi; a Procuradora- -Geral da República, Beatriz Buchili; e o comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael.
Por outro lado, o candidato presidencial suportado pelo PODEMOS denunciou que o Executivo moçambicano tenta acordos com outros países para o localizar, referindo que não tem medo porque as manifestações só vão parar depois do compromisso nacional para acabar com o assassinato do povo e onda dos raptos.
Para pedir sacrifícios aos moçambicanos, Venâncio Mondlane deu, nas entrelinhas, exemplos do Malawi e Bangladesh, onde houve reposição da verdade eleitoral depois de uma forte onda de protestos e manifestações populares
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