O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, referiu que, apesar dos factores, com destaque para a pandemia da COVID-19 que impôs restrições a todos os níveis, teve o seu pico em 2021, afectou o crescimento económico a nível global e o conflito Rússia-Ucrânia, que causou disrupturas nas exportações agrícolas, com particular ênfase para os fertilizantes, que condicionaram o cumprimento de algumas acções, o pelouro por si liderada alcançou as respectivas metas. Celso Correia destacou, por outro lado, que impulsionado pelo SUSTENTA, o sector agrário registou crescimento assinalável nos últimos cinco anos.
Naquele que foi o seu último Conselho Coordenador na qualidade de titular do pelouro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, nao obstante as dificuldades encontradas ao longo do caminho, fez um balanço positivo dos últimos cinco anos.
De acordo com o “Super ministro” do Governo de Filipe Nyusi, a pandemia da Covid-19, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia bem como os eventos climáticos externos destacam-se entre os condicionalismos que afectaram a economia nacional e, sobretudo, o sector agrário.
“Ao longo deste período, vários factores condicionaram o cumprimento de algumas acções, limitando, por isso, ao alcance das respectivas metas. No entanto, as adversidades e desafios foram sempre sendo superados, e com o espírito de determinação, entrega abnegada e de cumprimento do dever, alcançamos resultados que hoje nos honram. A pandemia da COVID-19 que impôs restrições a todos os níveis, teve o seu pico em 2021, afectou o crescimento económico a nível global. O conflito Rússia-Ucrânia, causando disrupturas nas exportações agrícolas, com particular ênfase para os fertilizantes. E como tem sido comum para o nosso país, enfrentamos ao longo do quinquénio vários eventos climáticos extremos, impactando negativamente o desempenho da economia nacional, – cheias, inundações, ciclones [Eloise, Guambe, Gombe e Freddy (duas vezes)], tempestades (Chalane e Ana) e seca”, referiu Correia.
Na hora de fazer o balanço do seu reinado no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia destacou o sector registou um crescimento assinalável, tendo o PIB-Agrário, saído de 1.2% em 2019 para 5.7% em 2024 (INE – perspectiva), o que tem resultado na redução da Insegurança Alimentar Aguda.
Ainda no rol das realizações, o Super – ministro destacou que o SUSTENTA impulsionou o incremento da produção.
“Houve aumento da área média de pequenas explorações de 1,4 hectares para 1,7 hectares, que traduz o surgimento da agricultura familiar orientada para o mercado. Crescimento do número de grandes explorações de 873 para 1.131, que marca um crescimento significativo da agricultura comercial. Aumento da produção de semente certificada de 3.2 mil toneladas em 2019, para 9 mil toneladas em 2024, que marca um crescimento de 189%. Aumento de uso de semente certificada de 3.7 mil toneladas em 2019 para 15 mil toneladas em 2024, em grande medida influenciado pelos beneficiários do Programa SUSTENTA. Aumento de uso de fertilizantes de 68.3 mil toneladas”.
Por outro lado, Correia destacou que nos últimos cinco anos Moçambique tornou-se no segundo maior produtor de frango ao nível da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC).
“Igualmente registamos crescimento da produção de cereais em 37% de 1.9 milhões de toneladas para 2,6 toneladas. Crescimento da produção de leguminosas em 65% de 470 mil toneladas para 871 toneladas.Crescimento da Produção Oleaginosas em 46% de 213 mil toneladas em 2019 para 335 mil toneladas em 2024. Crescimento na produção de raízes e tubérculos em 25%. Crescimento na produção de Frutas em 44%, com destaque para a banana que cresceu de 258 mil tonelada para 371 mil toneladas. Crescimento na produção Amêndoas em 11%, com destaque para crescimento na produção da macadâmia de 2.418 toneladas para 5.192 toneladas. Crescimento do efectivo de gado bovino de 2 000 118 cabeças em 2019 para 2 444 142 cabeças em 2024. Crescimento da produção de frango de 120 mil toneladas para 152 mil toneladas, sendo Moçambique o segundo maior produtor da SADC”.
Nas entrelinhas, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural apontou que os investimentos em culturas estratégicas permitiram-nos não só melhorar os níveis de segurança alimentar, mas também as exportações agrícolas que registaram uma subida de 33%, tendo superado a marca de US1 bilião de dólares pela primeira vez na história.
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