Uma parte dos membros fundadores do MDM acaba de activar o modo auto-destruição no seio do partido. Os queixosos estão insatisfeitos com a liderança de Lutero Simango, acusando o mesmo de nepotismo, traição e exclusão dos órgãos sociais na direcção da formação política. Para reorganizar o partido, os membros representados por Elias Impuiri pedem urgentemente uma reunião nacional.
O Movimento Democrático de Moçambique passou da terceira para a quarta maior força política do país na sequencia das últimas Eleições Gerais, Legislativas e das Assembleias Provinciais.
O descalabro no ultimo pleito eleitoral abriu fissuras no seio do galo. Segundo alguns membros do partido, Lutero Simango está a dirigir mal o destinos do MDM.
“O presidente do partido vai às reuniões da Presidência da República, quando volta não diz o que se tratou. Entretanto, vemos os números dos assentos da Assembleia da República, que os órgãos eleitorais tinham anunciado que eram quatro, a subirem para oito. Eventualmente nessas subidas pode haver troca. Não sabemos o que o MDM vai oferecer a Frelimo para receber esses quatro (acentos). Então, é uma reunião dos quadros do partido, porque queremos em reunião, em fórum próprio discutir isso e aconselhar o presidente do partido, nos termos em que ele foi constituido”, disse Elias Impuire, antigo deputado da Assembleia da República, pelo o País.
Na qualidade de porta – voz dos membros fundadores, Impuire acusou o líder do Movimento Democrático de nepotismo nepotismo e exclusão dos órgãos sociais na direcção do partido.
“Nós não podemos constituir um partido para ser amigo, para ser batido nas costas pelo Chefe de Estado (…) O MDM, nesta altura, tem apenas uma figura, o secretário-geral desapareceu, mas existe, o MDM, mas não vemos as acções. O partido é dirigido via telefone, o que não é possível, porque Moçambique é grande, tem mais de 32 milhões de pessoas. Portanto, não pode ser dirigido nos bolsos, não pode ser dirigido entre familiares. É preciso que o governo do partido, seja presidente do partido dos membros do Movimento Democrático de Moçambique”, declarou para depois exigir urgentemente reunião nacional para discutir o futuro do partido.
“Para não deixar que isso se alastre por muito mais tempo, exigimos uma reunião dos quadros, para que aconselhemos, provavelmente esteja a fazer aquilo porque faltam-lhe conselhos. Então, pedimos o encontro para que o aconselhemos sobre como melhor governar o partido. Se isso não for bom para ele, provavelmente poderá ser pedido para largar as pastas do partido, porque o partido tem quadros que estão interessados em ser a oposição em Moçambique”.
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