Casa de Dinis Tivane metralhada com mesmo número de balas que assassinaram Elvino Dias e Paulo Guambe

POLÍTICA
  • Alvo de mais uma tentativa de assassinato
  • Político acusa “ordens superiores” de terem mandado metralhar a sua casa

O assessor e colaborador do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, Dinis Tivane, foi, mais uma vez, alvo de uma tentativa de assassinato ou, talvez, intimidação. Foi através das redes sociais que Tivane denunciou que indivíduos, até aqui não identificados, foram mandatados pelas “ordens superiores” para o silenciar, disparando uma rajada de balas sobre o portão de sua casa, que acabaram atingindo o interior da garagem. Quando o acto aconteceu, ele e as suas filhas não estavam em casa, por isso presume-se que a intenção dos atiradores era lançar uma mensagem, até mesmo pela simbologia dos números. Foram contabilizados 24 disparos, um número quase similar de balas que assassinaram Elvino Dias e Paulo Guambe. No entanto, não obstante as perseguições de que tem sido alvo, Tivane continua firme e garante que não vai desistir da luta

Duarte Sitoe

Em menos de três meses, Dinis Tivane, assessor e colaborador do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, foi alvo de duas tentativas de assassinato. A última teve lugar no domingo, 23 de Fevereiro, quando indivíduos que continuam a monte metralharam o portão da sua casa sita no bairro do Aeroporto, arredores da Cidade de Maputo.

Segundo Tivane, através de uma publicação na rede social Facebook, alguns tiros atingiram o interior da sua garagem, sendo que os indivíduos se faziam transportar numa viatura branca, de marca Toyota, modelo Hilux GD6.

“Bom, já não posso mais calar-me perante estas investidas. Desde a última vez que em minha casa estiveram e dispararam contra o Guarda, que devo ir fazendo estas publicações. Desta vez, foi de madrugada, e metralharam a minha casa, a partir do meu portão. Contei 24 tiros, dos que atingiram as barras horizontais do portão, todavia, por haver frestas, várias balas entraram e atingiram a zona interior da garagem.  Felizmente, eu e minha família não estávamos em casa. Havia eu saído para a vizinha África do Sul para tratar questões privadas”, lê-se na publicação de Dinis Tivane.

No vídeo que acompanha a sua publicação nas redes sociais, Tivane refere que não tem dúvidas de que os indivíduos que “fuzilaram” a sua casa foram mandados pelas ditas “ordens superiores”, visto que, ao seu ver, aquela acção tem motivação política.

“É este o tipo de resposta que recebemos destes ‘tipos’, dizemos estes ‘tipos’, mas sabemos que é o partido Frelimo. Esta é a forma que eles têm para responder quando cidadãos exercem o seu direito constitucionalmente consagrado”, defendeu.

Ainda sobre a tentativa de assassinato que teve lugar no domingo (23), o assessor e colaborador do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane disse, numa entrevista concedida a TV Sucesso, que apesar das perseguições não pensa em desistir.

“Se a Frelimo tem todo o poder de colocar um Presidente que seja ilegítimo (controlam o Conselho Constitucional, a CNE, a PGR, os Tribunais e tudo isto), porque é que precisa fazer isto? De matar? Se tudo aquilo que nós fizermos não vai resultar em alternância do poder?”, questionou.

Refira-se que há cerca de um mês, indivíduos desconhecidos, alvejaram um segurança na sua casa, num acto que também foi interpretado como intimidação contra si, por ser um dos mais activos elementos do movimento de Venâncio Mondlane.

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