O Presidente da República ponderou fazer “jorrar sangue” para travar as manifestações violentas no país. Para o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com o seu discurso, o Chefe de Estado deu uma carta branca para o assassinato do povo.
Apesar de Daniel Chapo ter vindo ao publico referir que a sua afirmação “jorrar sangue” foi tirada do contexto para manipular a opinião pública, o MDM considera que seu discurso estimula que a policia aja de acordo com a sua orientação .
“O Presidente ao se ter pronunciado nos termos em que fez, não só de forma direta, dá uma orientação às Forças de Defesa e Segurança de para assim agirem – portanto, derramar sangue dos manifestantes – mas também estimula a que a polícia aja de acordo com esta orientação. Portanto, a Polícia da República de Moçambique tem agora carta branca para poder assassinar o povo moçambicano”, disse Ismael Nhacucue, porta-voz do MDM.
A força política liderada por Lutero Simango considera, por outro lado, que que Moçambique vai, nos próximos tempos, atingir níveis muito mais altos de agressão ao povo devido ao discurso do chefe de Estado, numa alusão aos confrontos violentos entre a polícia e manifestantes registados desde outubro.
“O Presidente da República deve ter capacidade de assumir os erros e criar mecanismos para a coesão do Estado moçambicano para a união e para a reconciliação nacional”, rematou

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