Sector privado pede adiamento do reajuste salarial para Agosto à boleia da onda de manifestações

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Nos últimos anos, as negociações para o reajuste salarial tiveram lugar entre Janeiro e Abril. No entanto, no corrente ano, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que representa o sector privado, apoiando-se na actual conjuntura do país depois da onda de manifestações, apelou para o adiamento das negociações do reajuste salarial para Agosto.

Para sustentar o pedido do adiamento das negociações, Agostinho Vuma referiu, à margem da abertura da primeira sessão plenária da Comissão Consultiva do Trabalho, que um reajuste salarial na conjuntura actual implicaria um aumento de 4% nos custos das empresas.

“Há que termos em consideração hoje que um reajuste salarial teria um impacto imediato, um aumento médio de 4% nos custos das empresas, especialmente nos setores de mão-de-obra intensiva. Face a esta conjuntura, como confederação, queremos propor o adiamento da negociação do reajuste do salário mínimo para agosto de 2025”, disse o presidente da CTA.

Se por um lado, Vuma alertou que o reajuste dos ordenados pode levar a possíveis demissões, crescimento da informalidade, pressão inflacionária e, sobretudo, redução da arrecadação fiscal e perda de direitos dos trabalhadores.

Por outro, face aos prejuízos acumulados pelo sector provando durante a onda de manifestações, defendeu a implementação de medidas de apoio ao setor privado, como linhas de crédito, isenções fiscais temporárias e reforço da segurança.

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