Chapo mobiliza investimento e defende crescimento inclusivo em Nova Iorque

DESTAQUE POLÍTICA
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  • À margem da 80ª Assembleia-Geral da ONU

O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu, no sábado (20), na prestigiada Universidade Columbia, um modelo de desenvolvimento humano inclusivo para Moçambique, sublinhando a importância de um crescimento sustentável que respeite o meio ambiente, valorize as comunidades locais e não deixe nenhum cidadão de fora.

No seu discurso, proferido na qualidade de orador principal do tema “O Caminho para um Crescimento Sustentável em África: Partilhando a Visão de Moçambique”, Chapo destacou a conjugação de dois factores essenciais para o futuro do país: o vasto potencial mineral, actualmente em forte demanda global, e um ambiente democrático que garante confiança aos investidores.

“Queremos um crescimento de qualidade, que respeite o meio ambiente e seja inclusivo”, afirmou, acrescentando que Moçambique se encontra no epicentro da transição energética global. Como exemplo, revelou que “cerca de 70% do grafite usado na produção de baterias da Tesla sai de Moçambique, através da Twigg Exploration & Mining”.

O Chefe de Estado referiu, igualmente, que o País conduz um diálogo político nacional inclusivo, resultado de um compromisso firmado entre o governo, os partidos representados na Assembleia da República e diferentes segmentos da sociedade, criando condições para a paz e estabilidade.

Entre os sectores com maior potencial, apontou a energia, o turismo, a agro-indústria, a economia azul, os corredores logísticos e a economia digital, considerados prioritários para acelerar a transformação económica.

Diplomacia económica

A deslocação de Daniel Chapo aos Estados Unidos decorre no âmbito da 80ª Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e tem sido aproveitada para reforçar a diplomacia económica de Moçambique. No domingo (21), o estadista reuniu-se em Nova Iorque com a Fundação Rockefeller e o Corporate Council on Africa (CCA), duas instituições que podem desempenhar papel decisivo na mobilização de capital e know-how para o país.

O presidente da Fundação Rockefeller, Raj Shah, afirmou que Moçambique “é um país muito importante no continente africano” e garantiu apoio no processo de transição energética, através de iniciativas como a Missão 300 (M300), que reúne organismos multilaterais e filantrópicos para expandir o acesso à energia limpa em África.

Já Florizelle Liser, presidente do CCA, destacou o interesse crescente de investidores norte-americanos em áreas como mineração, energia, saúde, fintech e agronegócio. “Os nossos membros estão ansiosos para reforçar as relações económicas com Moçambique”, disse, acrescentando que o país reúne condições únicas para atrair capital privado.

Encontro com empresários norte-americanos

Na segunda-feira (22), Daniel Chapo interveio na 41ª Gala Anual do Africa-America Institute, na qual se reuniu com empresários norte-americanos para apresentar as oportunidades de investimento em Moçambique.

“O nosso objectivo é transformar Moçambique num centro de produção e exportação de energia para a região da SADC”, afirmou, lembrando projectos estruturantes como a expansão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, o futuro empreendimento de Mphanda Nkuwa e os megaprojectos de gás natural liquefeito, liderados por multinacionais como Exxon, ENI e TotalEnergies.

Numa mensagem dirigida ao sector privado norte-americano, o Presidente reiterou que o desenvolvimento de Moçambique não pode ser visto apenas sob a lente dos recursos naturais.

“Precisamos de investir também na educação e na capacitação da juventude, porque Moçambique é um país jovem e acreditamos que a educação é o futuro”, afirmou.

Durante a sua estadia em Nova Iorque, Daniel Chapo, acompanhado pela Primeira-Dama, Gueta Chapo, participará, igualmente, na recepção oferecida pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, aos Chefes de Estado e de Governo.

O debate geral de alto nível da 80ª Assembleia-Geral da ONU decorrerá de 23 a 27 de Setembro, com o Presidente moçambicano a ter a oportunidade de reforçar o posicionamento de Moçambique como um actor relevante na promoção da paz, da transição energética e do investimento sustentável em África.

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