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Depois de declarados desaparecidos e incomunicáveis pelo próprio partido, António Furuma e Faizal Gabriel, eleitos pelo PODEMOS nas legislativas de 2024, tomaram hoje posse como deputados da Assembleia da República. A cerimónia, dirigida pela Presidente do Parlamento, Margarida Talapa, foi marcada por um apelo à responsabilidade, à ética e ao fortalecimento da democracia moçambicana.
Num acto solene realizado esta terça-feira, em Maputo, a Presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, conferiu posse aos novos deputados António Pedrito Marques Furuma e Faizal Anselmo Gabriel, ambos eleitos nas sétimas eleições legislativas de 9 de Outubro de 2024 pelas listas do partido PODEMOS.
A cerimónia ocorre após um período de incerteza política, em que os dois parlamentares foram declarados desaparecidos e incomunicáveis pela própria formação partidária, situação que levantou dúvidas sobre a sua participação na Décima Legislatura.
No seu discurso, Talapa sublinhou que o acto “decorre nos termos da Constituição da República e do Estatuto do Deputado”, realçando que “cada deputado representa todo o povo moçambicano, e não apenas o partido ou a província pela qual foi eleito”.
“É com elevada honra e profundo sentido de missão que dirigimos este acto solene”, afirmou a Presidente, acrescentando que a tomada de posse reforça “o compromisso da Assembleia com a pluralidade democrática, a representatividade e o fortalecimento das instituições da nossa jovem e vibrante democracia”.
Talapa recordou aos novos parlamentares que ser deputado “é mais do que ocupar um assento parlamentar”, sendo “um exercício de guarda da confiança popular” e uma responsabilidade que exige “humildade, competência e espírito patriótico”.
A dirigente parlamentar destacou ainda que os moçambicanos esperam dos seus representantes “integridade moral, disciplina ética e dedicação incansável ao trabalho legislativo e fiscalizador”, apelando para que as suas decisões “reflitam o respeito e o amor por Moçambique”.
Com a tomada de posse de Furuma e Gabriel, o partido PODEMOS passa a ocupar todos os assentos que lhe foram atribuídos na Assembleia da República, encerrando assim uma fase de indefinição que marcou o início da presente legislatura.
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