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Álvaro Massingue, presidente da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), foi eleito hoje, quarta-feira (14.05), presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). Num escrutínio renhido, Massingue obteve 88 votos, contra 62 de Lineu Candieiro e 12 de Maria Abdula.
A vitória sucede a um conturbado processo eleitoral, marcado por três exclusões sucessivas da candidatura de Massingue pela agremiação empresarial sob o argumento de desobediência às estatutos da instituição, segundo o presidente cessante, Agostinho Vuma, para quem “nenhuma ordem do tribunal está acima dos estatutos da CTA”. Após recursos e reuniões internas, a Assembleia Geral reavaliou a sua posição e reintegrou o nome de Massingue na lista de candidatos por volta das 17 horas.
A cerimónia solene, inicialmente agendada para as 9h30, só teve lugar às 18h00, após horas de debates a portas fechadas sobre a reintegração de Massingue e outros pontos da ordem de trabalhos. Durante esse intervalo, os membros analisaram a legalidade dos actos e garantiram transparência ao processo.
Em seu discurso, o agora presidente eleito agradeceu o apoio recebido e comprometeu-se a reforçar a credibilidade da CTA. “O nosso próximo projecto é transformar a CTA para servir, de forma efectiva, os interesses dos empresários nacionais, tornando-a uma instituição de referência e confiança”, afirmou Massingue.
Dos candidatos derrotados, apenas Lineu Candieiro falou à imprensa, elogiando o desfecho eleitoral: “A CTA existe para servir todos os empresários moçambicanos. Hoje, todos ganhamos.” Maria Abdula optou por não comentar o resultado, retirando-se imediatamente com o auxílio de seguranças e familiares.
Agostinho Vuma classificou o processo como exemplar: “Pela primeira vez, tivemos três candidatos num pleito interno, o que eleva a fasquia democrática da CTA e demonstra a nossa capacidade organizativa”, declarou o presidente cessante.
Álvaro Massingue tomará posse na próxima sexta-feira, data em que também Agostinho Vuma anunciará oficialmente a sua despedida da presidência da CTA, segundo avançou este último.



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