Ataque em Palma compromete expectativa de retorno da Total

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Apenas alguns dias depois de o Governo ter anunciado a criação do Comando Operativo Especial de Afungi e no mesmo dia em que a Total anunciou a retoma dos trabalhos nos projectos de gás na bacia do Rovuma, este desiderato pode estar em causa. No princípio da tarde desta Quarta-feira (25), a vila de Palma, a menos de 25 quilómetros do local onde decorrem as operações (Afungi), foi invadida pelos insurgentes, obrigando a população a fugir para o mato e para praia.

De fontes no terreno, Evidências apurou que o ataque que para além da vila visou algumas aldeias, foi feito em simultâneo por vários grupos armados que chegaram de repente vindos de todos as direcções.

“Estamos a fugir, a procura de algum abrigo em local seguro. As casas estão todas abandonadas”, narrou uma fonte em fuga.

Neste momento decorrem intensos combates entre os insurgentes e as Forças de Defesa e Segurança (FDS) que tentam a todo custo recuperar a vila sede e expulsar os agressores.

Na verdade este é o primeiro grande teste para o Comando Operativo Especial de Afungi confiado para garantir a segurança na região e garantir um perímetro de segurança de 25 quilómetros do local onde decorrem as operações de gás, uma condição imposta pela Total.

Segundo Nuno Rogeiro, uma fonte com bastante penetração na secreta moçambicana e com ligações a alguns interesses em Cabo Delgado, que costuma ser certeiro nos prognósticos, fala de um reagrupamento dos insurgentes, com reforço de estrangeiros e novo armamento.

O grupo que está a tentar tomar Palma, de acordo com a fonte considerada em vários corredores como controversa, é liderado por ugandês Musa Baluku que terá entrado ao país via Tanzania, com mais de 50 homens.

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