Governo nega reativação de túneis em Manica para pilhagem de ouro

DESTAQUE SOCIEDADE
Share this

O Governo de Moçambique, através da Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia (IGREME) na província de Manica, veio a público desmentir categoricamente as alegações de que túneis subterrâneos, na zona fronteiriça de Chadzuca, estariam a ser reativados e usados por garimpeiros clandestinos para a exploração ilegal de ouro entre Moçambique e o Zimbabué.

As suspeitas levantadas indicavam que cinco túneis de origem colonial estariam a ser utilizados para mineração artesanal e a permitir o acesso de indivíduos provenientes do Zimbabué.

Uma equipa multissetorial, que incluiu a Polícia da República de Moçambique (PRM), visitou o local e confirmou a existência de atividade recente nos túneis. No interior, foram detetados vestígios de aparente uso de explosivos e tubagem, e, no exterior, sacos contendo areia com potencial minério.

Entretanto, o Inspector do IGREME, Grácio Cune, refutou a tese de exploração clandestina de ouro. Cune esclareceu que os túneis são remanescentes da época colonial, quando a Companhia de Moçambique operava na área, e que, na verdade, estão a ser usados apenas para captação de água.

“Confirma-se a existência de túneis dentro do país. Esses túneis são da idade do tempo colonial, quando a Companhia de Moçambique esteve aqui a minerar. Neste momento, esses túneis estão a ser utilizados para a captação da água, para as necessidades das operações actuais,” explicou Grácio Cune, garantindo que as escavações observadas visavam apenas a recolha de água.

Ainda sobre as atividades na zona, Mouzinho Manasse, Chefe do Departamento de Relações Públicas em Manica, confirmou que a mineração artesanal ocorre em Chadzuca e Penhalonga, mas sublinhou que os túneis se encontram inteiramente em território nacional e não atravessam a linha de fronteira para o Zimbabué.

“Estas atividades não foram proibidas no decreto ministerial. Os túneis só fazem parte do território nacional. Nenhum outro dá passagem ao Zimbabué,” assegurou Manasse, afastando a hipótese de tráfico transfronteiriço através das galerias.

Promo������o
Share this

Facebook Comments