Moçambique era o destino de cinco toneladas de cocaína apreendida no RJ

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A Polícia Federal do Rio de Janeiro (RJ), no Brasil, anunciou nesta terça-feira a apreensão de cinco (5) toneladas de droga que estavam em contentores no porto e é já considerada a maior quantidade de cocaína já apreendida na história do RJ. A droga estava escondida dentro de caixas de sabão em pó com destino a Moçambique, como corredor a partir do qual seguiria para Las Palmas, na Espanha.

A imprensa brasileira escreve que a Polícia Federal com apoio da Receita Federal, encontraram primeiro 4,3 toneladas de cocaína em contentores, que tinham como destino Moçambique. A droga estava escondida dentro de caixas de sabão em pó.

No momento em que equipa estava descarregando o primeiro contentor, outra equipe da PF e da Receita Federal localizaram outro contentor com aproximadamente 700 kg de cocaína acondicionadas em caixas de sabão em pó. A carga devia partir para Moçambique na manhã desta quarta-feira.

A apreensão foi feita por policiais federais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Missão Redentor e auditores da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho (Direp), da Receita Federal no Rio.

As drogas foram denunciadas por uma fonte anónima, que ofereceu toda riqueza de detalhes às autoridades brasileiras.

“Eles fizeram um trabalho bastante sofisticado. Acondicionaram dentro de caixas (de sabão em pó) com peso idêntico ao que estava declarado no documento de exportação pelo exportador” disse Ewerson Augusto da Rocha, chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando da Receita Federal, citado pela imprensa brasileira. Prosseguiu explicando que o tráfico internacional de cocaína não é uma atividade de amadores. Seja pelos envolvidos ou pelo custo da logística. “Essa é uma organização criminosa estruturada e que teve um dos maiores prejuízos”, apontou!

No entanto, não foram revelados detalhes de pessoas envolvidas na importação.

Moçambique é considerado um corredor de drogas para abastecer o exterior, sobretudo a África do Sul e outros países da Europa. Os traficantes aproveitam a vasta fronteira terrestre e os 2.500 km de costa como trilha para fazerem os seus negócios milionários.

A fragilidade do controlo de circulação de drogas no País e a corrupção, têm criado condições para que a indústria do crime organizado prospere em Moçambique. Um dos indicadores do envolvimento de figuras políticas é a falta de grandes apreensões de drogas, quando no exterior são feitas apreensões de grande quantidade de drogas saída de Moçambique ou com destino ao País, como é o caso das cinco toneladas de cocaína.

Além de ser escolhido para o trânsito de drogas, o País é preferência para residência de grandes barões de sindicato criminoso, o caso que ainda está na memória dos moçambicanos, é a detenção de Fuminho, pela DEA, um criminoso brasileiro que vivia no hotel Indy Village, em Maputo.

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