Site icon

Bernardino Rafael confirma a morte de Mariano Nhongo

É oficial! Mariano Nhongo foi alvejado mortalmente pelas Forças de Defesa e Segurança durante um tiroteio. O facto foi tornado público, na tarde desta segunda-feira, 11 de Outubro, pelo Comandante-Geral das Policia da República de Moçambique, Bernardino Rafael.

No dia 04 de Outubro, dia em que Moçambique comemorou o 29º aniversário dos Acordos Gerais da Paz, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, voltou a renovar o ultimato a Mariano Nhongo.

“ As nossas Forças de Defesa e Segurança que continuam a perseguir os terroristas dia e noite, trabalhando em prol da restauração e segurança da ordem e tranquilidade. Faço outro apelo a Nhongo, que não fique também à espera que algo sério lhe aconteça, seria maior desgraça para nós. Isso que aconteceu agora no dia 28, no ponto administrativo de Inhaminga, lá em Cheringoma, não pode acontecer. Não pode correr de um lado para o outro até esquecer o casaco, tem que se entregar e depois nós vamos encaminhar-lhe para onde merece, ao DDR”, disse o Chefe de Estado.

Entretanto, o líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo fez-se rogado e continuou nas matas. No 6º dia de Outubro corrente, a Forças de Defesa e Segurança conseguiram localizar o esconderijo do antigo líder guerrilheiro dissidente da RENAMO, mas não o conseguiu deter. Mariano Nhongo, segundo fontes oficiais, colocou-se em fuga quando sentiu a aproximação das forças de segurança.

A resistência do líder da Junta Militar da Renamo durou até as primeiras horas desta segunda, 11 de Outubro. De acordo com o Comandante – Geral da Policia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, Nhongo foi abatido por volta das 7h30 na região de Cheringoma, província de Sofala

“As Forças de Defesa e Segurança em patrulha tiveram, um combate de encontro com Junta Militar da Renamo liderada por Mariano Nhongo. Neste combate em que as Forças de Defesa e Segurança numa confrontação com a Junta militar, nestas operações que sempre anunciamos que as FDS estavam a levar a cabo na zona centro, resultou na morte de Mariano Nhongo e um dos seguidores mais próximos”, anunciou Bernardino Rafael

Nas suas intervenções, Filipe Jacinto Nyusi sempre tentou aliciar Mariano Nhongo com o processo do DDR, contudo o Comandante – Geral da Policia da República de Moçambique avançou que a ordem que recebera do Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança era caçar e deter Nhongo para que o mesmo fosse julgado pelos seus actos.

“As Forças de Defesa e Segurança fizeram tudo para poder neutralizar com vista a responder os seus actos na justiça, infielmente não foi possível chagar a esse extremo porque eles atacaram a patrulha e nesta troca de tiros resultou no que estamos a dizer. Queremos aqui frisar que neste processo de reconciliação, o Presidente da República em todos os encontros sempre apelou para que Mariano Nhongo se entregasse para o DDR. Lamentavelmente não foi aderido, continuou a resistir”.

Rafael lamentou a morte do líder da Junta Militar da Renamo, adiantado que na operação foram recuperadas três armas do tipo AKM, 96 munições e uma ´pistola.

“Não é o fim que sempre desejávamos, estávamos em cumprimento daquilo que o Comandante em Chefe nos transmiti, ou seja, encontrar o Nhongo para poder responder os seus actos. Mesmo no dia 04 de Outubro o Presidente da República nos aconselhou a procurar Nhongo e trazer para responder pelos seus actos. Estávamos num comprimento desta missão, infelizmente não deu devido as circunstâncias do combate de encontro que tivemos com a junta militar”.

“Esperávamos que a situação fosse resolvida de forma pacifica”

Reagindo a morte do líder da Junta Militar da Renamo, Mirko Manzoni, declarou que esperava que a tensão político – militar na zona centro do país fosse resolvida de forma pacífica.

“Há dois anos que procuramos estabelecer relações com Nhongo e encorajamo-lo a regressar activamente ao processo de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR). Na sequência dos sólidos progressos feitos até a data neste processo e da recente deserção pelos principais membros da Junta Militar, esperávamos que a situação fosse resolvida de forma pacifica”, declarou Manzoni

Apesar do sucedido, o enviado pessoal do Secretário – Geral das Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto reconheceu o esforço do Governo para resolver o conflito na zona centro de forma pacifica.

“Foram repetidamente abertas oportunidades para se usar o diálogo em vez da violência, no entanto, estas releram-se infrutíferas. Neste momento, o nosso pensamento está com o povo moçambicano, em particular o da zona centro, e reiteramos o nosso compromisso em apoiar os esforços destinados a trazer a paz definitiva ao país”, avançou.

Exit mobile version