Registado na manhã de hoje o 14º rapto

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O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) ao nível da Cidade de Maputo, através do seu porta-voz, Hilário Lole, confirmou ao Evidências a ocorrência do rapto, mas não revelou o nome da vítima. No entanto, há informações não confirmadas que apontam para Ibrahim Versalhes, por sinal um empresário de ascendência asiática.

O rapto ocorreu na manhã desta quarta-feira, no bairro de Alto-Maé, arredores da Cidade de Maputo, e foi perpetrado por indivíduos munidos de armas de fogo. Somando-se assim 14 raptos que aconteceram no presente ano e o segundo no corrente mês de Dezembro, uma vez que, no dia 15, uma empresária foi raptada no distrito de Gondola, província de Manica.

De acordo com a polícia, a mulher, cuja identidade não foi revelada, foi libertada depois de quatro dias de cativeiro, supondo-se que tenha pago o valor do resgate.

Os dados sobre a ocorrência dos 13 raptos registados neste ano foram avançados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no Informe Anual à Assembleia da República sobre a Situação Geral da Nação. Daquele universo, apenas seis foram esclarecidos e, em conexão com os mesmos, 18 pessoas foram detidas. No entanto, os mandantes, que tem infiltrados na polícia, nunca são detidos.

No seu informe, Nyusi reconheceu os efeitos nefastos dessa indústria que vai se enraizando em Moçambique, desde 2011, mas não avançou quaisquer medidas novas, para além da criação das famigeradas “Brigadas especializadas de prevenção e combate ao crime de Rapto”.

“O crime de rapto tem um impacto humano, social e económico significativo e tende a ocorrer nos grandes centros urbanos, dada a afluência de pessoas que procuram desenvolver seus negócios e outras actividades, com destaque para as Províncias de Maputo, Cidade de Maputo, Sofala e Manica”, disse o estadista, no seu informe anual sobre o Estado Geral da Nação.

Avançando, de seguida, que, como medida de resposta, estão em curso acções que visam reduzir a intensificação dos raptos e a mitigar os seus impactos, sendo de destacar “a criação das Brigadas especializadas de prevenção e combate ao crime de Rapto, actualmente em treinamento especializado, conforme nos referimos no informe passado; o mapeamento e reforço do controlo de fontes potenciais de crime, com ênfase para cidadãos nacionais e estrangeiros, cadastrados, evadidos de cadeias e procurados com mandados de captura; e reforço da cooperação e ou coordenação com as polícias congéneres e outras agências de investigação criminal”

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