Ministra do Interior defende purificação das fileiras para acabar com atitudes que mancham a SERNIC

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Ainda com vários casos mal parados por esclarecer, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) completou, na segunda-feira, 10 de Janeiro, o quinto aniversário. Numa altura que se exige os esclarecimentos dos raptos que assolaram o país em 2021, a ministra do Interior, Arsênia Massingue, exigiu respostas sobre o crime organizado no país, tendo igualmente defendido purificação das fileiras para acabar com atitudes que mancham a corporação.

De acordo com Arsênia Massingue, o SERNIC é responsável por trazer esclarecimentos sobre várias irregularidades em Moçambique, tendo destacado o terrorismo na zona norte, os raptos e o tráfico de drogas.

Para combater o crime organizado, que no ano passado voltou a exibir a sua musculatura pera aos olhares impávidos da polícia, a ministra do Interior, olhando para o cenário actual em que os agentes da lei e ordem debatem-se com a falta de meios, além da exigência que fez aos agentes da SERNIC, defendeu a implementação de novas estratégias para acabar com a criminalidade no país.

“A prevenção e combate à criminalidade exige do SERNIC um quadro de pessoal devidamente instruído e treinado. Cabe ao Serviço Nacional de Investigação Criminal, enquanto instituição especializada e vocacionada para a investigação de crimes, trazer respostas contra os raptos, tráfico de drogas e o terrorismo” disse Massingue.

Em Moçambique, o grosso da população já não deposita a sua confiança nos agentes da SERNIC  devido ao seu envolvimento nos circuitos do crime organizado. Com vista a recuperar a confiança da população, a ministra do Interior defende a purificação das fileiras.

“Para incrementar a confiança das comunidades em relação à actuação do SERNIC devem adoptar medidas operativas com vista a identificar os agentes prevaricadores no seio da corporação e aplicar sanções disciplinares. É altura de impermeabilizar as fileiras de Moçambique contra as atitudes que mancham a instituição”, declarou.

Importa referir que dos 14 raptos registados em 2021, segundo o Presidente da República, apenas seis foram esclarecidos e foram detidos 18 pessoas, mas os mandantes continuam sem rosto.

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