Nova Democracia ganha espaço e mostra força nas províncias

DESTAQUE POLÍTICA
  • Enquanto a RENAMO e MDM dormem
  • Nampula parou para receber Salomão Muchanga
  • Em Nampula, Muchanga pediu permissão para a realização do Congresso
  • “Nova Democracia está presente para lutar pelos moçambicanos e por Moçambique” 

O líder do Movimento Nova Democracia (ND), Salomão Muchanga, causou um grande choque aos três maiores partidos do país, semana passada, ao começar de forma triunfal o seu périplo pelas províncias. Durante quatro dias em Nampula, no norte do país, manteve contacto com as bases, tendo prometido devolver a dignidade dos cidadãos, combater a corrupção e empoderar a juventude, vincando que o seu partido surgiu para lutar pelos moçambicanos e por Moçambique, para que seja um país de progresso e inclusão, em que todos se sentem donos desta pária.

Evidências

Numa altura em que os dois maiores partidos da oposição, a Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique se mostram dorminhocos, a ponto de não mais serem capazes de arrastar grandes multidões, o partido Nova Democracia, que em Julho próximo vai completar três anos de existência, parece estar a preencher o vazio e avança imparável na conquista de mais popularidade um pouco por todo o país.

No último Sábado, numa clara demonstração de força no círculo eleitoral do presidente da Renamo, Ossufo Momade, o líder da Nova Democracia, Salomão Muchanga arrastou uma grande moldura humana para uma marcha pelas principais artérias da cidade de Nampula.  A chegada ao aeroporto, milhares de membros e simpatizantes o esperavam eufóricos e entoando músicas.

Interpelado por jornalistas, perante uma enorme moldura humana na sua marcha triunfal em Nampula, Muchanga disse ter escalado a província mais populosa do país para levar uma mensagem de esperança de que a mudança é possível e é certa.

“Nós estamos aqui para dizer que é chegado o momento de recuperarmos a liberdade e a identidade da independência nacional. Recuperarmos a dimensão dos direitos humanos, da boa governação e lutarmos para que haja tudo para todos e não tudo para alguns, há uma minoria que usurpou as riquezas nacionais e é preciso paralisar. É este movimento que nós activamos. A Nova Democracia é a certeza de que a mudança é possível e essa mudança tem que acontecer agora em 2023 e 2024”, desafiou Muchanga.

Engolido por uma multidão que ovacionava com cânticos em Emakwa, Muchanga mostrou-se encorajado com o nível de militância activa dos quadros do seu partido naquele ponto do país, que o receberam no aeroporto e com ele marcharam pelas principais artérias da cidade, escalando vários bairros e mercados.

“Como vêem a recepção dos nampulenses é calorosa, a cede de mudança está patente nos rostos de cada jovem, homem e mulher que estão aqui. Estamos a dizer que a mudança chegou, vamos paralisar com a corrupção, os ladrões e vamos ter que dar aos moçambicanos a dimensão real do seu país. Não podemos continuar num país de miséria absoluta. Há uma mangueira de incêndio que colocaram na garganta dos moçambicanos e isto não pode continuar. Estamos aqui para lutar. É uma luta séria, veemente, que mostrar aos moçambicanos que é agora, é tempo de vencer e nunca mais Moçambique voltará aos que comportam-se como invasores do seu próprio país”, sustenta.

A marcha desaguou em Napipine, o mais populoso bairro do país, onde milhares de simpatizantes de diversos extractos da sociedade o esperavam com bastante euforia, entoando cânticos e içando bandeiras da Nova Democracia.

“A mudança é possível, com este combate diário, militância activa, em que jovens, homens e mulheres estamos aqui a dinamizar o partido, criar estruturas e num contacto militante. Portanto, estamos a dizer que a Nova Democracia está presente em todo o país e para lutar pelos moçambicanos e por Moçambique, para que seja um país de progresso, inclusão em que todos nós nos sentimos donos desta pátria e não estrangeiros na nossa própria mãe terra”, sublinhou.

O pedido de permissão para o Congresso

Em Nampula, Muchanga, cuja visita termina amanhã, dia em que parte para Zambézia, onde irá manter igualmente contacto com as bases, escalou para além dos vários bairros da cidade, alguns distritos e povoados, com destaque para Nacala, Ribaue, entre outros.

E porque a Nova Democracia assume-se como uma alternativa política muito séria, Muchanga vincou que o partido que dirige tem já claro o seu programa de governação do país e das autarquias em que será eleito nas eleições autárquicas de 2023 e gerais de 2024.

Num contacto terra a terra com as comunidades, se inteirando do seu modo de vida, Muchanga anunciou a realização do seu primeiro e histórico Congresso naquele ponto do país, por isso, aquela visita para além de servir de contacto com as bases tem o condão de ser uma soberba oportunidade para pedir formalmente permissão para a realização daquela que é a reunião mais importante do seu partido.

“Nós também estamos a preparar o nosso primeiro Congresso que terá lugar aqui em Nampula e venho pedir permissão aos homens, mulheres e toda a população de Nampula para que possam receber o nosso Primeiro Congresso. Um Congresso que vai ser a plataforma de mudança, porque nunca mais Moçambique será igual”, sublinha.

Segundo Muchanga a marcha da Nova Democracia é rumo à Presidência do país, visando remover os corruptos, renovar a expectativa e devolver a esperança ao povo.

“Um país em que os Moçambicanos não sabem o que pode ser amanhã, não interessa. Queremos devolver a dignidade dos moçambicanos e lutar pela boa governação deste país, pelas liberdades democráticas e dizer firmemente que os jovens têm que recuperar o seu capital revolucionário e produzir mudanças no país”, destacou.

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