O irmão do saudoso líder da Renamo, Elias Dhlakama, considera que o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, deve ser responsabilizado por não ter tomado em tempo e oportuno a decisão sobre a entrada das tropas estrangeiras no Teatro Operacional Norte (TON). Dlhakama refere, por outro, a situação do terrorismo ficou fora do controlo devido a incompetência do Governo.
Apesar do início da exportação do gás natural na Bacia do Rovuma está longe do fim. Aliás, o Presidente da República, Filipe Nyusi, declarou, recentemente, que o terrorismo não termina e que a vida não pode parar.
“Temos que começar a ter em mente que actos como esses não terminam. Não estão a terminar nos EUA, incluindo na Inglaterra, França, Itália, em todo o mundo. Mas a vida não pára”, disse o Chefe de Estado.
No primeiro da Secção de Perguntas ao Governo na Assembleia da República, em representação da Renamo, Elias declarou que o seu partido não tem dúvidas de que Filipe Nyusi “deve ser responsabilizado por omissão, por não ter tomado em tempo útil a decisão de recorrer à ajuda internacional”.
De acordo com Dhlakama, há necessidade de se levar a cabo uma investigação com vista a se apurar as responsabilidades na forma como o país abordou o combate aos grupos armados semeiam luto e terror na província de Cabo Delgado.
Nas entrelinhas, o irmão do saudoso líder do maior partido da oposição em Moçambique apontou o Presidente da República “arrastou com a barriga” a decisão de abrir as portas para as tropas estrangeiras apoiarem as Forças de Defesa e Segurança no Teatro Operacional Norte, uma vez que Nyusi só reconheceu incapacidade das forças governamentais quando a situação estava fora do controlo.
O deputado acusou o chefe de Estado de ter optado por “arrastar com a barriga” a decisão sobre o recurso ao auxílio internacional, tomando-a só quando a situação saiu do controlo das forças governamentais. “O Governo permitiu que parte do território de Moçambique ficasse fora das mãos do Estado e esta situação revelou o cúmulo da incompetência”
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