Os 50 anos da SEDES e as propostas para reforçar a CPLP

OPINIÃO

Afonso Almeida Brandão

No Congresso dos 50 anos da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), uma das mais prestigiadas Associações da Sociedade Civil em Portugal, foi dado, pela primeira vez, o devido destaque à importância estratégica da CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa — para Portugal e para todos os demais países que constituem esta plataforma criada há um quarto de século.

Nesse âmbito, foi criado um Grupo de Trabalho composto por cidadãos de cada um dos países da CPLP— para, precisamente, salientar que a importância estratégica da CPLP não é apenas para Portugal. Esse Grupo de Trabalho irá manter-se e reforçar-se, agora como Observatório da CPLP, o que prova, da parte da SEDES, que esta aposta na importância estratégica da CPLP se irá igualmente manter e reforçar. O que é de realçar, convenhamos.

Apresentamos aqui o primeiro Relatório do nosso Grupo de Trabalho/ Observatório, composto por: 1) Sete propostas em prol do reforço da CPLP; 2) Prioridades dos países da CPLP para o reforço da Comunidade e das relações com Portugal, da autoria de cada um dos representantes, neste Grupo de Trabalho/ Observatório, dos demais países da nossa Comunidade; 3) Comentário final, da autoria do Embaixador Francisco Ribeiro Telles, ex-Secretário-Executivo da CPLP, que nos brindou com a sua presença e o seu saber no Congresso dos 50 anos da SEDES.

Num tempo em que a Guerra regressou de novo à Europa — e que em Moçambique, na província de Cabo Delgado, a situação continua cada vez mais feroz e destruidora, sem fim à vista —, decerto que o melhor caminho para Portugal não é o de virar as costas ao Velho Continente nem aos Países que fazem parte da CPLP—, pelo contrário, importa, como a SEDES sempre defendeu, reforçar a nossa presença na União Europeia e na NATO/OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Mas isso também não pode passar por virarmos as costas aos nossos parceiros da CPLP, espalhados por África, América e Ásia. Estes dois desígnios são, ao nosso ver, para Portugal, plenamente complementares.

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