Indústria de raptos movimentou mais de dois bilhões de meticais em 2022

DESTAQUE SOCIEDADE

Nos últimos anos, o crime organizado, com destaque para os raptos, exibiu a sua musculatura perante o olhar impávido das autoridades da lei e ordem. De acordo com o vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Prakash Prehlad, a indústria de raptos movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais no corrente ano em Moçambique.

Na sua intervenção no workshop sobre “Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo”, que teve lugar na capital moçambicana, Maputo, o vice-presidente da CTA apontou que as transações suspeitas de lavagem dinheiro podem culminar com as actividades criminosas, tendo destacado o fenómeno dos raptos.

“A nossa estimativa é que a indústria de raptos movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais, um montante que, sequencialmente, irá gerar necessidade de lavagem de capitais. Então, combater os raptos faz parte da matriz de combate à lavagem de dinheiro”, disse Prakash Prehlad.

Dados tornados públicos pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique apontam que o país reduziu em cerca de 16,7% transações suspeitas de branqueamento de capitais em 2021, o que de certa forma permitiu uma redução de 42 mil milhões de meticais em 2020 para 35 mil milhões em 2021.

Entretanto, mesmo com os resultados animadores, o vice-presidente da CTA denunciou que o Banco de Moçambique tem aplicado grandes penalizações às empresas, com destaque para os bancos comerciais e seus clientes, devido à falta de cumprimento das normas.

O fenómeno dos raptos, para além de tirar sono ao Governo, preocupa sobremaneira o sector privado. À margem do workshop sobre “Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo”, Prakash Prehlad declarou que, no corrente ano, os raptos movimentaram cerca de 2.2 bilhões de meticais.

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