Fronteira de Ressano Garcia temporariamente encerrada devido a greve na África do Sul

• Do lado sul-africano formou-se uma fila de mais de 12 quilómetros

Devido a uma greve que se regista desde as primeiras horas (07h) de hoje, criando perturbação na circulação de pessoas e bens, o Serviço Nacional de Migração (SENAMI) desaconselha viajantes a usar a fronteira de Ressano Garcia.

Enquanto prevalecer a perturbação, o SENAMI informa aos moçambicanos que pretendem viajar para aquele país vizinho, que devem recorrer a vias alternativas, nomadamente os postos de Travessia da Ponta D’Ouro ou Namaacha, na província de Maputo, para evitar constrangimentos.

O Evidências apurou que a greve é protagonizada por camionistas e operadores de taxi, devido a uma série de assaltos a mão armada, incluindo violações sexuais, de que são vítimas os automobilistas nalguns troços do lado sul-africano logo depois da travessia da fronteira.

Os manifestantes exigem que a polícia redobre o patrulhamento das principais vias e neutralize o suposto grupo de criminosos que se auto-denominam “Challengers”.

Confirmando o enceramento da fronteira, o vice-presidente da Electronic Frontier Foundation (EFF) em Ehlanzeni, Sifiso Nkuna reconheceu que estes estão cansados ​​dos crimes na porta da fronteira.

“Esses Challengers estão danificando os carros das pessoas, roubando seus pertences e estuprando mulheres, jovens e velhas”, disse Nkuna.

O SENAMI promete que em caso de qualquer alteração da situação da travessia irá actualizar aos viajantes.

A TRAC, concessionária da Estrada Nacional número 4, nos dois países, confirmou que a fila para atravessar a fronteira do Lebombo, da África do Sul para Moçambique, é actualmente de 12km e a expectativa é aumentar por hora.

De salientar que o encerramento do Ponto de Travessia de Ressano Garcia acontece numa altura que muitos moçambicanos, com destaque para os mineiros, regressam às suas zonas de origem para passar as festividades do natal e do ano novo junto das famílias.