Funcionários do Município de Maputo entram em greve exigindo o pagamento da TSU

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Os funcionários dos serviços municipais da Cidade de Maputo realizaram uma manifestação na tarde de hoje, dia 22 de Dezembro, diante do edifício do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM), em reivindicação ao não pagamento de salários devidamente enquadrados na nova TSU.

Depois da reunião convocada às pressas, o representante dos grevistas, Feliciano Lipanga, disse, em entrevista ao Evidências, que ficou claro que o município lhes deixou de fora do processo de enquadramento supostamente porque eram autónomos e não necessariamente funcionários do Estado.

“Eles (município) dizem que o Estado vai mandar um valor para o conselho municipal, mas isso não se sabe se será amanhã ou quando. Dizem que nós não somos funcionários do Estado, por isso não recebemos a TSU, então por que todos estes anos quando havia uma coisa no governo sempre nos incluíam? Agora que é dinheiro dizem que não somos funcionários do Estado?” questionava o Feliciano Lipanga.

Em representação do Município de Maputo, Silva Magaia disse que o problema vai ser analisado e prometeu dar uma resposta aos trabalhadores até o dia 30 de Janeiro de 2023.

Uma funcionária que preferiu falar na condição de anonimato disse não acreditar nas promessas feitas pelo município por este ter ficado no silêncio mesmo sabendo que há funcionários que ainda não foram enquadrados no novo  sistema de pagamento.

“Até ontem eu pensava que era uma funcionária pública, para hoje que já existe TSU dizerem que já não sirvo, e isso nos deixa indignados. Não acredito neles, nós queremos respostas só”.

E acrescenta, “eu não acredito que eles vão pagar a TSU com os retroativos, porque se fosse para resolver não teriam esperado nós fazermos este barulho todo. O que nós queremos são datas em que eles vão pagar e que realmente paguem, porque aqui ninguém está a fazer favor a ninguém”.

Para Aquilino Mazivele, há ainda esperança, tudo porque o município prometeu, e acredita na resolução deste assunto. Diz que a única saída no momento é esperar, mas grita por socorro devido ao actual custo de vida que está a sufocar a si e a sua família por causa do baixo salário que aufere.

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