Governo levanta suspensão da Igreja Velha Apostólica em todo país

DESTAQUE POLÍTICA SOCIEDADE

Para proteger o Apóstolo Jaime César Matlombe, que mesmo depois do Apostolado de África e Médio Oriente, órgão central da sede da Igreja Velha Apostólica, localizada na África do Sul antecipar a sua reforma, queria continuar à revelia na liderança da igreja em Moçambique, em Outubro do ano em curso, o Governo decidiu suspender temporariamente todas as actividades da Igreja Velha Apostólica em Moçambique. Entretanto, volvidos dois meses depois da suspensão das actividades, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos decidiu levantar a suspensão das actividades daquela congregação religiosa para permitir que os crentes passem as festas do Natal e do final do Ano num ambiente de união.

Texto:  Duarte Sitoe

As paróquias da Igreja Velha Apostólica em Moçambique eram palco de batalhas titânicas entre os ferrenhos apoiantes do Apostolo Jaime Matlombe e os crentes que exigiam a sua destituição   quando foi despoletado um escândalo sexual envolvendo o “destituído” líder com a esposa de um dos membros da igreja.

Aliás, a contestação contra Matlombe iniciou depois da tentativa de mudança de nome da igreja com o propósito de se desvincular do Apostolado de África e Médio Oriente, órgão central da sede da Igreja Velha Apostólica, localizada na África do Sul.

Para serenar os ânimos no seio daquela congregação religiosa e proteger Jaime Matlombe, ferrenho apoiante da Frelimo e com proximidade ao Presidente da República, o Governo decidiu suspender temporariamente, em todo território nacional, todas as actividades da Igreja Velha Apostólica em Moçambique, tendo argumentado que a medida visava evitar “consequências desastrosas que resultem na violência que nos tem sido dada assistir”.

Volvidos dois meses e depois de encontros envolvendo o Governo, a liderança máxima da igreja em Moçambique e Apostolado de África e Médio Oriente visando encontrar soluções com vista ao levantamento da suspensão, o Ministério da Justiça Assuntos Constitucionais e Religioso, através de um despacho datado de 23 de Dezembro, concluiu que já estavam criadas condições para decidir pelo levantamento da paralisação das actividades em todo território nacional.

O Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos justifica que esta decisão surge na sequência de “notar uma evolução na busca da pacificação no seio da igreja” e na “necessidade de criar condições condignas para que os crentes da igreja possam passar condignamente as festas do Natal e do fim do ano em congregação”.

Por outro lado, o ministério dirigido por Helena Kida prometeu responsabilizar criminalmente os ferrenhos apoiantes de Jaime César Matlombe que incitarem a violência nas paróquias e nas comunidades.

“Todos aqueles que praticarem a violência ou incitarem a sua prática, comprometendo a ordem e tranquilidade dos crentes bem como das comunidades circunvizinhas das diferentes paróquias, serão criminalmente responsabilizados nos termos da lei”, refere o comunicado.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *