Dívida Pública (interna) aumentou 13,6 mil milhões de meticais no primeiro mês de 2023

DESTAQUE ECONOMIA

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu, nesta quarta-feira, 25 de Janeiro, manter a taxa de juro de política monetária (Taxa MIMO) em 17,25%. Por outro lado, o Banco Central referiu que em comparação com o último mês De 2022, em Janeiro do corrente ano a Dívida Pública Interna de Moçambique situa-se nos 288,7 mil milhões de meticais, o que significa um aumento de 13,6 mil milhões de meticais.

Para justificar a manutenção da taxa de juro da política monetário, também conhecida por Taxa MIMO, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique referiu que “decorre da prevalência de elevados fiscos e incertezas subjacentes as projeções da inflação com ênfase do impacto da liquidez gerada na economia, resultante da pressão sobre a despesa pública e do prolongamento da tensão geopolítica na Europa, não obstante as perspectivas da infração num digito, a médio prazo”.

A dívida pública contraída dentro do país tende a aumentar a cada ano que passa, sendo que o Banco de Moçambique reconhece que a mesma continua elevada. Em comparação com os dados apresentados em Dezembro do ano passado com os que foram tornados públicos nesta quarta-feira, 25 de Janeiro, a dívida pública interna teve um incremento de 13,6 mil milhões de meticais, situando-se no presente nos 288,7 mil milhões de meticais.

No que diz respeito à previsão de crescimento económico a médio prazo, o Banco Central referiu que foram revistas ligeiramente em baixa, sendo que “esta revisão decorre da maior restritividade das condições financeiras a nível global e consequentemente abrandamento da actividade económica dos principais parceiros comerciais do país com potencial para redução da procura externa”.

Entretanto, a nível interno, o Banco de Moçambique aponta que a implementação de projectos energéticos continuará a favorecer o crescimento económico, mas, por outro lado, garante que se mantém as perspectivas de desaceleração da inflação no curto e médio prazo.

“Em Dezembro de 2022, a inflação, que comporta as cidades de Maputo, Beira e Nampula, desacelerou para 10,29% após 10,62 em Novembro, a reflectir sobretudo o contínuo abrandamento dos preços dos produtos alimentares e a redução do preço doméstico”.

Ainda no primeiro comunicado tonado público no presente ano, visando absorver a liquidez excessiva no sistema bancário, com tendência de gerar uma pressão inflacionária, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu aumentar os coeficientes das reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional de 10,5% para 28,0% e a moeda estrangeira de 11,5% para 28,5%.

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