AR debate sobre suposto deputado traficante com total exclusão da imprensa

DESTAQUE POLÍTICA

Assembleia da República (AR) apreciou ontem, 01 de Março, o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito que já referia não existir evidência alguma da existência de um deputado da província da Zambézia que esteja envolvido em esquemas de tráfico de drogas, embora a equipa investigação de tenha constatado que a província é um corredor do tráfico de drogas e do crime organizado. Curioso é facto da plenária ter sido à porta-fechadas onde a imprensa não foi convidada a fazer parte.

Esta foi das poucas vezes em que o Parlamento excluiu a imprensa numa sessão plenária numa discussão de interesse público. Entretanto, de acordo com o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito, os deputados que investigaram o caso em alusão concluíram que não há evidência nem informação credível, oficial e processual sobre o envolvimento de um deputado no tráfico de drogas em Macuse, na província da Zambézia.

Porém, o mesmo documento arrola diversas fragilidades que a província tem que propiciam a existência e actuação do crime organizado naquele ponto, com particular destaque para o narcotráfico.

“A província da Zambézia tem 444 km de costa, entretanto o INAMAR não dispõe de meios de patrulhamento e fiscalização marítima; notável exiguidade de meios humanos especializados em todas as áreas inquiridas; deficiente comunicação entre os postos policiais da PRM (Polícia da República de Moçambique)”, refere o documento.

De acordo com a informação colhida no terreno, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) dirigiu-se aos deputados informando que nunca avançou haver envolvimento de um parlamentar em esquemas de venda de drogas e que, o vídeo que posto a circular nas redes sociais teria sido manipulado.

No referido vídeo aparece o porta-voz do SERNIC da Zambézia dizendo que “houve um deputado que está envolvido neste esquema, nós estamos abertos para trabalhar neste caso e não temos problemas de investigar até trazer a verdade”, mas hoje tudo é desmentido.

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