Centenas de pessoas acompanham na manhã desta terça-feira, 14 de Março o velório do rapper Azagaia, em Maputo. Após uma série de homenagens, um desfile seguiu em direcção ao cemitério de Michafutene para o enterro.
Estavam lá além dos familiares, fãs, vários membros da sociedade civil, músicos, actores políticos, e admiradores do músico que fizeram fila desde cedo para entrar no edifício Conselho Municipal de Maputo para prestar uma última saudação ao artista.
A ativista social moçambicana Fátima Mimbire também presente no velório disse que a morte de Azagaia representa “uma perda extraordinária” para a sociedade moçambicana.
“Azagaia ajudou muitos jovens a pensar e ensinou-nos a reflectir como país de forma bastante criativa usando a arte”, afirmou Mimbire, acrescentando que o músico mostrou que o rap é uma forma de inclusão social.
O deputado pertencente à bancada parlamentar da Renamo, Venâncio Mondlane, esteve presente nas cerimónias fúnebres junto de muitos companheiros do partido e amigos. Para si, o rapper Azagaia entrou para a história de Moçambique.
“Não restam dúvidas de que ele seja uma figura incontável da história musical contemporânea de Moçambique, mas o Azagaia conseguiu transpor os limites da história musical para a história geral do país”, enfatizou o deputado.
Enquanto isso, multiplicam-se nas redes sociais registos da cerimónia fúnebre nesta manhã e todos destacam a figuro do artista que Azagaia foi em vida. É possível ouvir e vários vídeos fãs cantando “povo no poder”, o coro de uma das músicas mais emblemáticas do rapper.
Mas oque também não passa despercebido são os gritos da multidão que questiona a ausência do Presidente da República, Filipe Nyusi no velório. Mas para “tapar o buraco”, foi enviada a ministra da Cultura, Eldevina Materula, que representará o Governo no funeral.
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