Através de um anúncio de contratação pública publicado na edição do Jornal Noticias do dia 20 de Abril em curso, o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), instituição que tem sido alvo de críticas devido a recorrentes desvios de fundos, tornou público que pretende realizar uma auditoria externa ao Fundo de Gestão de Calamidades (FGC).
Com a auditoria externa a INGD pretende colher uma opinião profissional sobre a situação financeira do Fundo de Gestão de Calamidades no que respeita aos fundos recebidos e às despesas realizadas entre 2021 e 2022.
Numa altura em que tem sido alvo de críticas por parte das organizações da sociedade civil devido a recorrente desvios de fundos, o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) aponta que o trabalho do auditor externo vai, igualmente, identificar fragilidades nas áreas que vão ser cobertas pela análise às contas.
“A auditoria externa financeira ao Fundo de Gestão de Calamidades deve cobrir todas as atividades e despesas financiadas pelo Governo de Moçambique e pelos parceiros de desenvolvimento no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2021 e de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2022”, lê-se no anúncio de contratação pública publicado na edição do Jornal Notícias que refere, por outro lado, ressalva que na sua avaliação o auditor deve seguir normas de contabilidade pública do Governo de Moçambique e de auditoria internacional.
Importa referir que, recentemente, o Centro de Integridade Pública, apoiando-se no histórico de má gestão de fundos no INGD, defende que a ONU deve exigir garantias de transparência antes de apoiar o Governo na angariação de recursos, uma vez que aquela organização intergovernamental, criada para promover a cooperação internacional comprometeu-se a ajudar Moçambique a angariar 39 milhões de dólares de dólares para viabilizar o FGC.
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