Moçambique tem perspectivas desastrosas para a liberdade religiosa

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A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) publicou, recentemente, o relatório sobre a liberdade religiosa no mundo no qual concluiu que África continua a ser um continente onde a perseguição por motivos religiosos se acentuou nos últimos dois anos. Olhando para o caso de Moçambique, a AIS aponta que o país presidido por Filipe Nyusi tem perspectivas desastrosas para a liberdade religiosa.

De acordo com o relatório da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, os ataques jihadistas tornaram a situação religiosa ainda mais alarmantes em África. A AIS aponta que a concentração da insurgência armada na região do Sahel, em Moçambique e na Somália contribuiu para que o continente seja um dos mais violentos para as confissões religiosas.

Olhando para o caso de Moçambique, aquela fundação da Igreja Católica, criada em Dezembro de 1947, considera que as perspectivas religiosas são desastrosas devido à violência armada em Cabo Delgado.

“As perspectivas para a liberdade religiosa continuam a ser desastrosas apesar da reduzida capacidade do Estado Islâmico-Moçambique para efetuar grandes ataques … O grupo extremista continua operacional e prossegue os seus ataques mortais o que, de certa forma, faz com que a liberdade religiosa esteja gravemente ameaçada devido à insegurança permanente”, refere o relatório.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre teme, por outro lado, que Estado Islâmico ataque outros países da África Austral com destaque para Moçambique, apontando que as recorrentes denúncias dos líderes cristãos e muçulmanos serão insuficientes para acabar com as desigualdades sociais.

 Aliás, AIS refere que as desigualdades registam-se com maior incidência nas regiões “onde as empresas internacionais extraem enormes riquezas de recursos com benefícios mínimos para a economia e populações locais, fomentando um ciclo vicioso de pobreza, frustração e violência”.

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