Ministérios da Defesa, Educação e Saúde na lista das instituições que consomem água e não pagam

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O Presidente do Conselho de Administração das Águas da Região Metropolitana de Maputo (AdRM), Álvaro Cossa, revelou, recentemente, que a empresa por si dirigida acumula um prejuízo de mais de 100 milhões de Meticais em dívidas que derivam do não pagamento das facturas. Segundo Cossa, os Ministérios da Defesa, Educação e Saúde constam do rol das instituições que consomem água e não pagam.

De acordo com o PCA das Águas da Região de Maputo, os gestores, sobretudo das instituições públicas, têm mostrado pouca vontade de pagar pelo serviço de abastecimento de água o que, de certa forma, contribui para que a empresa acumule prejuízos.

“Tem pouca vontade de pagar pelo serviço de abastecimento de água. Falar de entidades é uma coisa, e falar de gestores é outra coisa. Essas instituições públicas que o Governo de Moçambique criou, à semelhança das entidades comerciais anônimas, têm um mecanismo de remuneração dos seus custos de produção através dos seus orçamentos. Mas nós, os gestores, pecamos. Isto é um problema de governança. Ainda que não sejam suficientemente completos para remunerar este serviço, mas pelo menos recebem uma verba para o abastecimento de água”, referiu Cossa à margem da entrevista que concedeu ao Noite Informativa da STV.

Por outro, lado Álvaro Cossa, que revelou que os Ministérios da Defesa, Educação e Saúde fazem parte das instituições que consomem água e não pagam facturas, referiu que os gestores das instituições públicas e privadas fazem negociações para amortizar a dívida para evitar cortes tal como aconteceu no Hospital Central de Quelimane, província da Zambézia.

“Estes são os grandes clientes que a região metropolitana tem e mesmo pela dimensão do negócio, pela quantidade de água demandada, ficam na posição de maiores devedores… Há negociação permanente, ou seja, abrimos acordos de pagamentos em prestações para as instituições irem amortizando as dívidas e manter os serviços disponíveis”.

Nas entrelinhas, Álvaro Cossa desmentiu os estudos que dão conta da péssima qualidade da água consumida na Região Metropolitana de Maputo, referindo que os estudos que apontam má qualidade não foram feitos com base na água da rede pública.

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